Saiba as formas de prevenção contra a malária

Doença infecciosa febril aguda é causada por um protozoário transmitido por um mosquito; hoje é o Dia Mundial de Combate a ela

por seg, 25/04/2022 - 17:49
Flickr/Cesar Bojorquez Flickr/Cesar Bojorquez

Hoje (25) é comemorado o Dia Mundial da Luta Contra a Malária. A malária é uma doença infecciosa febril aguda causada por um protozoário. As espécies que podem causar essa doença nos seres humanos são: Plasmodium falciparum, Plasmodium vivax, Plasmodium malariae, Plasmodium ovale e Plasmodium knowlesi. No Brasil, somente três dessas espécies se transmitem em humanos, que são Plasmodium falciparum, Plasmodium vivax e Plasmodium malariae.  

A malária apresenta um período de preparação de sete a 14 dias, porém isso varia conforme o agente causador, podendo chegar a meses. Os sintomas são calafrios, sudorese e febre, que pode atingir acima de 40 ºC. Também podem ocorrer dores de cabeça, dores musculares, náusea e vômitos. Dentro dos grupos mais sujeitos à doença, destacam-se as gestantes e crianças. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, no Brasil, a maioria dos casos se concentra na região amazônica. Em 2019, houve uma redução de 10,5% nos casos.  

A equipe do LeiaJá entrevistou a biomédica e também aluna de doutorado do Núcleo de Pesquisa em Doenças Negligenciadas (NPDN), Ana Carolina Mengarda. “A maior concentração de pacientes infectados são nessas regiões não só pela caracterização do ambiente, mas também por um grande número de indivíduos residirem em ambientes onde ocorrem alta proliferação de mosquitos”, explica a biomédica sobre os dados do Ministério da Saúde.  

As formas de prevenção da malária são medidas coletivas que incluem drenagem de coleções de água, aterro, modificação do fluxo da água e controle da vegetação aquática “A forma mais eficaz de prevenção é evitar contato com o vetor (inseto) que transmite a doença. No caso, mosquitos fêmeas do gênero Anopheles infectadas com o parasito causador da doença, protozoários do gênero Plasmodium”, aponta Ana Carolina. “Programas coletivos de quimioprofilaxia também são realizados como forma de prevenção, que seria basicamente o uso de medicamentos em regiões endêmicas para malária.”, complementa. 

TRATAMENTO

Para o tratamento da malária, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda combinações terapêuticas à base de artemisinina para infecções causadas pela espécie Plasmodium falciparum. Para infecções causadas por Plasmodium vivax, o tratamento recomendado é o uso de cloroquina em áreas onde o medicamento ainda não é resistente. “Em áreas resistentes à cloroquina, faz-se o uso de artemisinina. Para quadros graves de malária o tratamento inicial consiste na administração de artesunato injetável via intramuscular e intravenosa, seguido de tratamento à base de artemisinina assim que o paciente estiver apto a tomar medicamentos via oral.”, esclarece a biomédica. 

Por Camily Maciel

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