Cinemateca reabre com mostra dedicada a Zé do Caixão
Espaço estava fechado desde agosto de 2020 e enfrentou um incêndio no galpão
Fechada desde 2020, a sede da Cinemateca Brasileira reabre suas portas, nesta sexta-feira (13), em São Paulo, para uma mostra dedicada ao falecido cineasta José Mojica Marins, famoso pelo personagem “Zé do Caixão” (1936-2020). A Cinemateca estava fechada desde agosto de 2020 e, nesse período, enfrentou um incêndio no galpão com o acervo da companhia, na zona oeste da capital paulista. Os ingressos para a mostra são gratuitos e distribuídos ao público uma hora antes das sessões.
Com sessões nos dias 13, 14 e 15 de maio, a mostra “O Cinema Sem Medo de Mojica” começa nesta sexta-feira com a exibição de um filme inédito do ator de Zé do Caixão. O média-metragem “A Praga” (1980) foi restaurado e finalizado pelo produtor Eugenio Puppo. Ele encontrou as latas do filme perdidas no escritório do cineasta falecido, quando organizava, em 2007, uma retrospectiva de Mojica, que foi o autor do primeiro filme de terror brasileiro: “À Meia-Noite Levarei Sua Alma” (1964).
“Os filmes do Mojica, neste momento, passam por trabalho de recuperação, sob coordenação do Paulo Sacramento, também parceiro da instituição. A obra foi preservada ao longo de anos, então poder abrir com esse recorte filmográfico e tendo como mote a apresentação do filme que foi resgatado, passando por longo processo de recuperação, tem tudo a ver com este momento da Cinemateca”, afirmou a diretora técnica, Gabriela de Souza Queiroz. Ao longo do final de semana, os filmes “pouco exibidos” de Mojica serão parte da mostra.
Em novembro de 2021, a Secretaria Especial da Cultura, do Ministério do Turismo, selecionou a Sociedade Amigos da Cinemateca (SAC) em edital para celebração de contrato de gestão da instituição. A companhia é responsável pela execução de atividades de guarda, preservação, documentação e difusão do conjunto audiovisual da produção nacional por meio da gestão, operação e manutenção da Cinemateca. A nova diretora do espaço é a professora titular aposentada da Escola de Comunicações e Artes da Universidade São Paulo (USP), Maria Dora Mourão.
Por Camily Maciel