Líder da direita europeia apoia adesão da Ucrânia à UE
A Ucrânia expressou sua frustração com a recusa de vários países da União Europeia a acelerar a sua entrada no bloco após a invasão russa, que começou em 24 de fevereiro
O eurodeputado alemão Manfred Weber declarou nesta terça-feira que a entrada da Ucrânia na União Europeia (UE) é uma prioridade, após ser eleito novo líder do Partido Popular Europeu, de direita.
Candidato único ao cargo, até agora ocupado pelo ex-presidente do Conselho da UE Donald Tusk, Weber enfrenta a difícil tarefa de resgatar a influência do PPE, após as derrotas esmagadoras sofridas na França e na Alemanha.
"A primeira mensagem que devemos transmitir neste momento é de que, sim, pode ser membro da União Europeia", declarou Weber após a sua eleição durante um congresso em Roterdã, Holanda. "O PPE apoia o status de candidato para os nossos amigos ucranianos e também para a República da Moldávia", acrescentou, ao lado do ex-presidente ucraniano Petro Poroshenko, autorizado a deixar seu país para participar do evento.
A Ucrânia expressou sua frustração com a recusa de vários países da União Europeia a acelerar a sua entrada no bloco após a invasão russa, que começou em 24 de fevereiro. A Comissão Europeia deve se pronunciar em junho sobre a obtenção do status de candidato por parte da ex-república soviética.
Weber também declarou que a próxima prioridade do PPE é recuperar o posto de maior potência política, após vários reveses eleitorais para os partidos conservadores na União Europeia. "Sejamos honestos, não estamos no melhor momento da nossa história", reconheceu.
A família política conservadora registrou recentemente um resultado desastroso nas eleições presidenciais francesas, com menos de 5% dos votos, e perdeu o governo alemão, com a saída de Angela Merkel da chancelaria.
Embora mantenha seu domínio no Parlamento Europeu, o grupo político conta com apenas sete líderes entre os 27 Estados-membros (Grécia, Áustria, Chipre, Romênia, Croácia, Lituânia e Letônia).