Crianças no parque: cuidados para evitar acidentes

O chefe da divisão de ações preventivas do Corpo de Bombeiros, capitão Werben Monteiro, deu orientações para reforçar a segurança dos pequenos durante a diversão

ter, 12/07/2022 - 12:54
Paulo Uchôa/LeiaJá Imagens/Arquivo Crianças brincam no Parque da Jaqueira, no Recife Paulo Uchôa/LeiaJá Imagens/Arquivo

Parques públicos e ambientes de lazer fazem a alegria das crianças, mas exigem que os pais e responsáveis redobrem a atenção para evitar que a brincadeira termine em acidente. O chefe da divisão de ações preventivas do Corpo de Bombeiros, capitão Werben Monteiro, deu orientações para reforçar a segurança dos pequenos durante a diversão. 

Uma criança, de oito anos, sofreu uma fratura na coluna após o rompimento da tirolesa do Parque da Jaqueira, na Zona Norte do Recife, nesse domingo (10). A prefeitura do Recife alegou que o brinquedo havia passado por manutenção, mas o capitão Werben ressalta que os próprios pais também precisam observar sinais de desgaste antes da brincadeira. 

Escorregos, gangorras e a maioria dos brinquedos dos parques ficam expostos ao sol e chuva, o que acelera o processo de deterioração dos materiais.

“Se for colocar a criança em um brinquedo metálico, vou ver se tem ferrugem, se está partido ou se mostra característica de desgaste. Se ele tem corda, eu vejo se a corda está quase se partindo. Se ele tem madeira, eu vejo se a madeira também está em um processo de desgaste. Se eu observo isso, eu não coloco meu filho”, afirmou. 

Outra forma de cuidado é respeitar a faixa etária de cada brinquedo para evitar até mesmo acidentes entre as próprias crianças. 

Quem ama cuida e não se descuida 

A principal recomendação do capitão Werben é o que ele definiu como supervisão ativa ou a 'vigilância sentinela', que corresponde a um acompanhamento corpo a corpo.

“Eu não posso me distanciar da minha criança. A distância de segurança é de um braço", recomendou. 

Nesse sentido, os adultos não devem ficar apenas acompanhando a criança com o olhar, nem 'terceirizar' a responsabilidade.

“Muitas vezes tem um adulto tomando conta de quatro ou cinco crianças e isso é humanamente impossível, ou eu pego a criança que tem 12 anos para tomar conta da que tem seis, ou seja, o incapaz tomando conta do incapaz. Eu não posso jamais terceirizar uma responsabilidade que é minha”, advertiu. 

O risco da criança se perder também cresce com a grande movimentação nesses ambientes abertos. Por isso, comandante sugere que os responsáveis vistam a criança com roupas que a destaque das demais e coloquem uma pulseira com informações como o nome da criança, dos pais e telefone para contato.  

Caso uma emergência ocorra, a orientação é ligar para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) através do 192 ou para o Corpo de Bombeiros no 193. 

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