Crianças no parque: cuidados para evitar acidentes
O chefe da divisão de ações preventivas do Corpo de Bombeiros, capitão Werben Monteiro, deu orientações para reforçar a segurança dos pequenos durante a diversão
Parques públicos e ambientes de lazer fazem a alegria das crianças, mas exigem que os pais e responsáveis redobrem a atenção para evitar que a brincadeira termine em acidente. O chefe da divisão de ações preventivas do Corpo de Bombeiros, capitão Werben Monteiro, deu orientações para reforçar a segurança dos pequenos durante a diversão.
Uma criança, de oito anos, sofreu uma fratura na coluna após o rompimento da tirolesa do Parque da Jaqueira, na Zona Norte do Recife, nesse domingo (10). A prefeitura do Recife alegou que o brinquedo havia passado por manutenção, mas o capitão Werben ressalta que os próprios pais também precisam observar sinais de desgaste antes da brincadeira.
Escorregos, gangorras e a maioria dos brinquedos dos parques ficam expostos ao sol e chuva, o que acelera o processo de deterioração dos materiais.
“Se for colocar a criança em um brinquedo metálico, vou ver se tem ferrugem, se está partido ou se mostra característica de desgaste. Se ele tem corda, eu vejo se a corda está quase se partindo. Se ele tem madeira, eu vejo se a madeira também está em um processo de desgaste. Se eu observo isso, eu não coloco meu filho”, afirmou.
Outra forma de cuidado é respeitar a faixa etária de cada brinquedo para evitar até mesmo acidentes entre as próprias crianças.
Quem ama cuida e não se descuida
A principal recomendação do capitão Werben é o que ele definiu como supervisão ativa ou a 'vigilância sentinela', que corresponde a um acompanhamento corpo a corpo.
“Eu não posso me distanciar da minha criança. A distância de segurança é de um braço", recomendou.
Nesse sentido, os adultos não devem ficar apenas acompanhando a criança com o olhar, nem 'terceirizar' a responsabilidade.
“Muitas vezes tem um adulto tomando conta de quatro ou cinco crianças e isso é humanamente impossível, ou eu pego a criança que tem 12 anos para tomar conta da que tem seis, ou seja, o incapaz tomando conta do incapaz. Eu não posso jamais terceirizar uma responsabilidade que é minha”, advertiu.
O risco da criança se perder também cresce com a grande movimentação nesses ambientes abertos. Por isso, comandante sugere que os responsáveis vistam a criança com roupas que a destaque das demais e coloquem uma pulseira com informações como o nome da criança, dos pais e telefone para contato.
Caso uma emergência ocorra, a orientação é ligar para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) através do 192 ou para o Corpo de Bombeiros no 193.