Casos de síndrome respiratória aumentam, diz Fiocruz

Ocorrências mais graves aumentam entre crianças e adolescentes, mas ainda não é possível identificar o vírus responsável pelas infecções associadas ao SRAG

por Camily Maciel seg, 05/09/2022 - 19:09
Flickr/Governo do Estado de São Paulo Flickr/Governo do Estado de São Paulo

Casos de síndrome respiratória aguda  grave (SRAG) aumentam no país entre crianças e adolescentes, principalmente na faixa etária entre cinco e 11 anos. Os dados são do novo boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O levantamento considera dados epidemiológicos de 21 a 27 de agosto. A Fiocruz apontou que ainda não é possível identificar o vírus responsável pelo aumento nas infecções associadas à síndrome respiratória grave (SRAG). 

Alguns estados das regiões Sul e Centro-Oeste registraram alta nos casos de rinovírus, causador do resfriado comum, mas os dados são preliminares. “Por se tratar de crescimento restrito ao público infantil e temporalmente associado ao retorno às aulas após as férias escolares, o cenário atual reforça a importância de cuidados mínimos como boa ventilação das salas de aula e respeito ao isolamento das crianças com sintomas de infecção respiratória para treinamento adequado e preservação da saúde da família escolar”, destacou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.  

Segundo a Fiocruz, a curva nacional, que tem apontado também o comportamento da Covid-19, segue estabilizada, com patamar próximo ao de abril desse ano, considerado o mais baixo desde o início da pandemia. Entre as 27 unidades federativas, Acre, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Roraima e São Paulo registram crescimento do SRAG no longo prazo, mas somente entre crianças e adolescentes.

Segundo especialistas, nacionalmente, nas últimas quatro semanas epidemiológicas, que consideram boa parte do mês de agosto, dos casos de síndrome respiratória aguda grave, 71,8% são de Covid-19, 5% de vírus sincicial respiratório, 2,6% de influenza A e 0,3% de influenza B. 

 

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