OMS muda o nome da varíola dos macacos para 'mpox'

Ambos os nomes serão usados durante um ano, até o termo varíola do macaco ser substituído por completo, especificou a OMS

seg, 28/11/2022 - 11:30
Ernesto BENAVIDES Paciente mostra a mão com uma ferida causada por uma infecção pelo vírus da varíola dos macacos, no Hospital Arcebispo Loayza, em Lima, em 16 de agosto de 2022 Ernesto BENAVIDES

A varíola do macaco - monkeyox, em inglês - passará a se chamar mpox em todos os idiomas, anunciou a Organização Mundial de Saúde nesta segunda-feira (28).

Ambos os nomes serão usados durante um ano, até o termo varíola do macaco ser substituído por completo, especificou a OMS.

A organização, com sede em Genebra, tem autoridade para nomear novas doenças e, muito excepcionalmente, mudar o nome das já existentes.

"A questão do uso do novo nome em diferentes idiomas foi amplamente discutida. O termo mpox pode ser usado em outras línguas", afirmou a OMS.

Se o nome se mostrar problemático em qualquer idioma, a OMS iniciaria consultas com as autoridades competentes.

Quando o surto de varíola do macaco começou, na primavera de 2022, "declarações racistas e estigmatizantes" foram observadas online, o que levou alguns países e indivíduos a pedirem uma mudança de nome, lembrou a OMS.

A varíola do macaco recebeu esse nome porque foi originalmente identificada em macacos destinados à pesquisa na Dinamarca em 1958, mas a doença se desenvolve mais comumente em roedores.

Foi relatado pela primeira vez em humanos em 1970, na República Democrática do Congo.

Sua propagação em humanos estava limitada a certos países da África Ocidental, onde é endêmica.

Mas em maio começaram a aparecer casos de varíola do macaco no mundo inteiro.

A doença causa erupções cutâneas, que podem aparecer nos órgãos genitais ou na boca, acompanhadas de febre e dor de garganta.

Na maioria dos casos, os pacientes são, até o momento, homens que mantêm relações sexuais com homens, relativamente jovens.

Neste ano, 81.107 casos foram registrados em 110 países, com um total de 55 mortes, segundo a OMS

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