UE e Otan se comprometem a aumentar apoio à Ucrânia

A presidente da Comissão Europeia , Ursula von der Leyen, expressou sua convicção de que 'a Ucrânia deve obter todo equipamento militar que possa administrar para defender a pátria'

ter, 10/01/2023 - 10:32
John THYS O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg (C); o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel; e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em 10 de janeiro de 2023, em Bruxelas John THYS

Os principais líderes da União Europeia (UE) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) prometeram, nesta terça-feira (10), fortalecer o apoio à Ucrânia e aprofundar sua cooperação.

Há anos, ambas têm como objetivo aprofundar sua relação, apesar dos temores de que um papel europeu reforçado na defesa possa minar a aliança militar liderada pelos Estados Unidos.

"Devemos continuar reforçando nossa parceria entre a Otan e a UE. E devemos fortalecer ainda mais nosso apoio à Ucrânia", disse o secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg, em entrevista coletiva conjunta.

A presidente da Comissão Europeia (braço executivo da UE), Ursula von der Leyen, expressou sua convicção de que "a Ucrânia deve obter todo equipamento militar que possa administrar para defender a pátria".

“Isso significa, claro, sistemas avançados de defesa aérea, mas também outros tipos de equipamentos militares avançados, desde que seja necessário para defender a Ucrânia”, completou.

Desde o início da ofensiva da Rússia contra a Ucrânia, os países da UE e da Otan enviaram bilhões de dólares em equipamentos e armas para as Forças Armadas ucranianas, o que lhes permitiu enfrentar a guerra.

Estados Unidos, Alemanha e França anunciaram sua disposição de também fornecer veículos blindados, mas o governo ucraniano agora pede tanques pesados modernos.

Nesse sentido, Stoltenberg antecipou que representantes do bloco terão uma reunião com o ministro ucraniano da Defesa, Oleksiy Reznikov, na próxima semana, para discutir "exatamente quais tipos de armas são necessários e de que forma os aliados podem fornecê-las".

Stoltenberg acrescentou, porém, que "não se trata apenas de agregar mais sistemas, mais plataformas, mais armas, mas também de garantir que as plataformas e armas que já fornecemos funcionem como deveriam".

A guerra na Ucrânia levou UE e Otan a impulsionarem uma maior cooperação entre as duas instituições. Como consequência desse conflito, outros dois países do bloco europeu - Suécia e Finlândia - iniciaram o processo de adesão à aliança transatlântica.

Hoje, 21 dos 27 países da UE também são membros da Aliança Atlântica.

Em uma declaração conjunta, as duas organizações ressaltaram que a Otan continua sendo o pilar central da segurança europeia, deixando de lado as tentativas da UE de aumentar sua autonomia em matéria de defesa.

"Nossa declaração deixa claro que a Otan continua sendo a base da defesa coletiva e continua sendo essencial para a segurança euro-atlântica", completou Stoltenberg.

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