Zelensky se reúne em Bruxelas com aliados da UE

Com um enorme dispositivo de segurança na capital da Bélgica, a agenda de Zelensky inclui um discurso no Parlamento Europeu antes da reunião com os governantes da UE

qui, 09/02/2023 - 07:49
Kenzo TRIBOUILLARD O presidente da Ucrânia, Volodumir Zelensky, no Parlamento Europeu em Bruxelas Kenzo TRIBOUILLARD

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, desembarcou nesta quinta-feira em Bruxelas para participar em uma reunião de cúpula de líderes da União Europeia (UE) e deve insistir em seu pedido urgente de caças para enfrentar a Rússia.

Com um enorme dispositivo de segurança na capital da Bélgica, a agenda de Zelensky inclui um discurso no Parlamento Europeu antes da reunião com os governantes da UE.

"Bem-vindo a sua casa, bem-vindo à UE", afirmou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

O presidente ucraniano, que chegou a Bruxelas procedente de Paris, visitou na quarta-feira o Reino Unido e a França, em sua segunda viagem ao exterior desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.

Na quarta-feira à noite ele se reuniu com o presidente francês Emmanuel Macron e com o chefe de Governo alemão, Olaf Scholz.

Antes da rápida viagem pela Europa, Zelensky fez em dezembro uma visita relâmpago a Washington, onde se reuniu com o presidente americano, Joe Biden, na Casa Branca.

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, considerou a visita do chefe de Estado ucraniano "um dia histórico para a Europa".

No rascunho da declaração final da reunião de cúpula, os líderes destacam que "o apoio da UE à independência, soberania e à integridade do território da Ucrânia dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas (...) continua sendo inabalável".

A versão do documento, consultada pela AFP, reitera a "enérgica condenação da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, que constitui uma violação manifesta da Carta da ONU".

Diante da ofensiva russa, a Ucrânia solicitou a adesão à UE de forma expressa, mas vários líderes do bloco recordaram que o processo é extraordinariamente complexo e normalmente demora vários anos, em alguns casos mais de uma década.

No rascunho da declaração, a UE "reconhece" os esforços da Ucrânia para a adesão e estimula o país "a continuar neste caminho e a cumprir as condições" estabelecidas pela Comissão Europeia (o braço Executivo da UE).

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