Ucrânia utiliza mais munição do que OTAN consegue produzir

Os ministros de Defesa da Otan terão uma reunião em Bruxelas na terça-feira para discutir sobre o fornecimento de armas às forças ucranianas

seg, 13/02/2023 - 12:29
Kenzo TRIBOUILLARD Jens Stoltenberg em coletiva de imprensa antes da reunião dos ministros da Defesa da OTAN, em Bruxelas, em 13 de fevereiro de 2023 Kenzo TRIBOUILLARD

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, alertou nesta segunda-feira (13) que a Ucrânia utiliza um volume de munição superior à atual capacidade de produção da aliança militar.

"O ritmo atual do gasto de munições da Ucrânia é muitas vezes maior que o nosso ritmo atual de produção (...) Isto coloca nossas indústrias de defesa sob pressão", disse Stoltenberg em uma coletiva de imprensa em Bruxelas.

De acordo com o dirigente, este é um "fato concreto" em que a OTAN está atuando.

"Estamos cientes disso há algum tempo e começamos a fazer coisas. Não estamos apenas sentados sem fazer nada. Estamos trabalhando duro (...) para aumentar nossa produção", comunicou.

A primeira medida foi iniciar "uma revisão extraordinária de nossas reservas. Com essa informação, vamos ver cada aliado individualmente e então poderemos firmar contratos com a indústria".

Stoltenberg ainda acrescentou que é possível encontrar "alguma capacidade não utilizada" para impulsionar a produção.

Os ministros de Defesa da Otan terão uma reunião em Bruxelas na terça-feira (14) para discutir sobre o fornecimento de armas às forças ucranianas. O ministro da Defesa ucraniano, Oleksi Resnikov, vai participar e apresentar detalhes sobre as necessidades de suas tropas para enfrentar a ofensiva russa.

Na semana passada, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, pressionou aliados da OTAN para que forneçam caças à seu exército, uma perspectiva vista com cautela por todos os lados.

Nesta segunda-feira, Stoltenberg disse que a entrega de aviões será objeto de negociações na terça-feira, mas acrescentou que ainda "levaria tempo e as prioridades de curto prazo são as munições e armas prometidas".

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