Dia de Santo Antônio: entenda a importância da data

Nascido em 1195, em Lisboa, em Portugal, tem importância religiosa para católicos do mundo todo, em especial, brasileiros e italianos

ter, 13/06/2023 - 11:59
Pixabay Imagem do Santo Antônio Pixabay

Conhecido como casamenteiro, Santo Antônio de Pádua ou de Lisboa teve como nome de batismo Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo. Nascido em 1195, em Lisboa, em Portugal, tem importância religiosa para católicos do mundo todo, em especial, brasileiros e italianos. Ele é venerado nesta terça-feira (13), data que marca sua morte na cidade de Pádua, na Itália. Desde jovem, pregava o evangelho e praticava a caridade, sendo considerado também como padroeiro dos pobres.

"Ele também é chamado de santo do mundo inteiro. Ele é chamado de Pádua, porque morreu na Itália, mas também é conhecido como Santo Antônio de Lisboa, porque nasceu na cidade portuguesa. É considerado como um dos trinta e sete doutores da Igreja Católica e doutor do Evangelho porque em suas pregações ele, como grande orador, conversava muito sobre a importância do evangelho na formação da fé cristã", afirma Oscar D’Ambrosio, pós-doutor e doutor em educação, arte e história da cultura.

Segundo D’Ambrosio, Santo Antônio é também muito ligado aos aflitos, angustiados, como pessoas que estão em busca de emprego, assim como é venerado por ajudar a arranjar casamentos e encontrar objetos perdidos. "Também relacionado com a alimentação dos pobres e dos necessitados. E associado por guardar confidências, principalmente de paixões, em especial de mulheres."

Comemoração da data

No Brasil, o dia 13 de junho é lembrado com missas, procissões e distribuição de pãezinhos, além do famoso bolo de Santo Antônio, que pode ser encontrado em muitas igrejas que organizam festas no dia de hoje. No centro da São Paulo, a Paróquia Santo Antônio do Pari e a Igreja de Santo Antônio do Vale do Anhangabaú estão com programação especial ao longo do dia.

Há também uma forma de caridade denominada "Pão de Santo Antônio", que copia as atitudes do santo em favor dos pobres e famintos. Conforme a Arquidiocese de São Paulo, no Brasil, Santo Antônio é comemorado numa das festas mais alegres e populares, estando entre as três maiores das chamadas festas juninas (Santo Antônio, São Pedro e São João). No ano de 1946, foi proclamado doutor da Igreja pelo papa Pio XII.

Segundo a Arquidiocese de São Paulo, de família muito rica e da nobreza, ele ingressou muito jovem na Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Fez seus estudos filosóficos e teológicos em Coimbra e foi lá também que se ordenou sacerdote.

"Empolgado com o estilo de vida e de trabalho dos franciscanos, que, diversamente dos outros frades, não viviam como eremitas, mas saiam pelo mundo pregando e evangelizando, resolveu também ir pregar no Marrocos. Entrou para a Ordem, vestiu o hábito dos franciscanos e tomou o nome de Antônio", conforme a arquidiocese.

Entretanto, mal chegou ao país, ele contraiu uma doença que o obrigou a voltar para Portugal. Aconteceu, porém, que o navio em que viajava foi envolvido por um tremendo vendaval, que empurrou a nave em direção à Itália.

"Antônio desembarcou na ilha da Sicília e de lá rumou para Assis, a fim de encontrar-se com seu inspirador e fundador da Ordem, Francisco. Com pouco tempo de convivência, transmitiu tanta segurança a ele que foi designado para lecionar teologia aos frades de Bolonha", ainda de acordo com a arquidiocese.

Com apenas vinte e seis anos de idade, foi eleito provincial dos franciscanos do norte da Itália. "Antônio aceitou o cargo, mas não ficou nele por muito tempo. Seu desejo era pregar, e rumou pelos caminhos da Itália setentrional, praticando a caridade, catequizando o povo simples, dando assistência espiritual aos enfermos e excluídos e até mesmo organizando socialmente essas comunidades."

Foi em Pádua que ele também ficou conhecido por ajudar noivas a recolherem doações para o dote, visto que não tinham condições financeiras organizar o enxoval do casamento.

Continuou vivendo para a pregação da palavra de Cristo até morrer, em 13 de junho de 1231, nas cercanias de Pádua, na Itália, com apenas trinta e seis anos de idade.

No local, ele foi sepultado em uma basílica romana. Em razão de sua popularidade, seu sepulcro tornou-se meta de peregrinações que duram até os dias atuais. Ele foi canonizado no ano seguinte ao de sua morte pelo papa Gregório IX.

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