Lisboa se prepara para receber o papa e milhares de jovens

A organização da Jornada Mundial da Juventude acredita que o evento reunirá quase um milhão de jovens

seg, 03/07/2023 - 10:23
Patricia DE MELO MOREIRA O bispo auxiliar de Lisboa e presidente do comitê organizador da JMJ, Américo Aguiar Patricia DE MELO MOREIRA

A um mês da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), Lisboa se prepara para receber o papa Francisco, que participará do grande evento apesar de seus problemas de saúde, e quase um milhão de jovens peregrinos, anunciou a organização da JMJ.

"Não temos plano B, apenas um plano F para Francisco", afirmou o bispo auxiliar da capital de Portugal, Américo Aguiar, que preside o comitê local de organização do encontro mundial de jovens católicos.

"O papa Francisco é uma grande força de atração para os jovens, que têm uma relação muito distante com a Igreja", acrescentou.

Na sede da fundação JMJ em Lisboa, em uma antiga área militar, quase 300 voluntários trabalham para mobilizar os jovens em todo o país, responder às diversas solicitações e preparar as credenciais de mais de 3.000 convidados e jornalistas que devem visitar a cidade entre 1 e 6 de agosto.

Mais de 300.000 peregrinos de 151 países já confirmaram a participação. A organização da JMJ acredita que o evento reunirá o dobro ou o triplo de pessoas, quase um milhão de jovens.

Entre os peregrinos já inscritos, "temos jovens de todos os países do mundo, inclusive das longitudes e latitudes mais distantes", declarou Aguiar. Ele destacou que os espanhóis são os mais numerosos, seguidos por italianos, franceses e portugueses.

O papa Francisco, de 86 anos e que passou por uma cirurgia no intestino no início de junho, já confirmou presença no evento.

A visita de cinco dias do pontífice argentino a Portugal incluirá uma agenda muito movimentada.

Entre os vários encontros previstos, Francisco se reunirá com vítimas de agressões sexuais cometidas por integrantes do clero português. Uma comissão de especialistas independentes estabeleceu que pelo menos 4.815 menores de idade foram vítimas de pedofilia dentro da Igreja no país desde 1950.

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