Bombeiro salva recém-nascida engasgada em prédio na RMR

Militar de folga descia no elevador junto ao filho quando parou, por coincidência, no 12º andar, enquanto pais da bebê buscavam ajuda

por Vitória Silva seg, 22/01/2024 - 09:42
Divulgação/Corpo de Bombeiros Major de folga salva bebê engasgada em elevador Divulgação/Corpo de Bombeiros

Um major do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE) salvou a vida de uma recém-nascida que havia se engasgado enquanto se arrumava junto à mãe, em um apartamento no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR), na manhã desse domingo (21). A família, que mora no 12º andar do edifício, acionou o elevador no intuito de socorrer a bebê, porém, por coincidência, o major Eduardo Lopes, que também é morador, descia o elevador na mesma ocasião. Ao notar a ocorrência, o militar, que estava de folga, imediatamente pega a criança no braço e inicia a Manobra de Heimlich. O salvamento foi registrado em vídeo por uma câmera de segurança. 

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Segundo o Corpo de Bombeiros, o caso aconteceu por volta das 7h do domingo. Conforme visto em vídeo, o major Lopes descia o elevador do 18º andar, acompanhado do filho, com destino à área de lazer do condomínio. No 12º andar, o transporte para e quando as portas abrem, Eduardo dá de cara com uma mulher, identificada como Simone, que carrega nos braços a recém-nascida. Desesperada, ela pede a ajuda do major e ele dá início à manobra. Após alguns segundos de pressão sobre as costas e estômago da bebê, identificada como Beatriz, o salvamento é bem-sucedido. 

Ainda no vídeo, aparecem também o pai e o irmão de Beatriz. Ao fim da atuação, é possível ver o pai da menina aliviado, com a filha no braço, e agradecendo o major com um cumprimento; as famílias não se conheciam. Não foi preciso acionar nenhum tipo de socorro. A menina teria se engasgado após golfar deitada, enquanto trocava de fralda. 

A manobra de Heimlich é uma técnica clássica de desengasgo e pode salvar vidas. O procedimento é rápido e tem o objetivo de interromper um episódio de asfixia por obstrução das vias respiratórias, mas a forma de aplicar a manobra em adultos, crianças e bebês é diferente. 

No caso do major e Beatriz, ele apoiou a bebê no braço, com a cabeça mais abaixo do que o corpo, mantendo a boca da menina aberta e o braço apoiado na própria perna. A técnica indica que sejam dadas cinco batidas ou "tapinhas" nas costas com a base da mão, na região entre as escápulas. Após aplicar a pressão cinco vezes, se vira o bebê de barriga para cima, mantendo a inclinação original e a boca aberta, e se repete a pressão, cinco vezes, sobre o peito da criança. O ciclo é repetido até o bebê expelir o objeto ou alimento. 

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