Na tarde desta quinta-feira, o Partido Socialismo e Liberdade (PSol) oficializou a coligação com o Partido Comunista Brasileiro (PCB), ambos os partidos estarão juntos nas chapas majoritárias e proporcionais lançando 22 candidatos a vereador. Pleiteando a vaga de prefeito está Roberto Numeriano (PCB) e Albanise Pires (PSol) foi escolhida para compor a legenda ocupando o espaço da vice-prefeitura.

A novidade está no nome do presidente estadual do PSol em Pernambuco, Edilson Silva, que além de coordenar a campanha, sairá nessas eleições como candidato a vereador. A coletiva de imprensa aconteceu na sede do PSol, no bairro da Boa Vista e o espaço será utilizado como comitê de campanha.

De acordo com representantes da legenda, a cassação da candidatura do deputado federal Paulo Rubem (PDT) mostrou que não existe uma candidatura verdadeiramente alternativa, por isso a chapa será chamada de Frente Alternativa de Esquerda. “A política não pode ser sequestrada pelo poder privado, mas deve servir ao bem público, vamos tentar romper esse ciclo. A população sofre com os governantes que priorizam as empresas privadas. Podemos destacar o transporte urbano que está um caos e os serviços, que são de péssima qualidade”, comentou Numeriano.

Ao se pronunciar no evento, Albanise Pires não poupou críticas aos candidatos do PT e do PSB declarando que em Pernambuco está sendo implantado um novo coronelismo e os eleitores do Recife são órfãos de uma candidatura que represente os interesses do povo. “Essa frente popular não tem nada de 'popular', esse é o novo coronelismo do asfalto que não tem objetivos públicos, mas visa somente um projeto pessoal”, criticou se referindo ao governador Eduardo Campos. “O PT lança um candidato biônico e a fala de Humberto e João Paulo parece uma obrigação e não uma tarefa. Percebo que falta vontade de governar o município”, defendeu Albanise.

Já o candidato a vereador, Edilson Silva, ressaltou que o PT e o PP se dizem de centro-esquerda, porém utilizam todos os componentes da direita, desrespeitando o recifense. “Humberto foi imposto pela burocracia do PT e não atende à população. O PSB montou uma chapa com coalizões de centro-direito. Aqui nós temos uma chapa coerente, de esquerda, e que trabalha as demandas da população. Vamos enfrentar máquinas milionárias, mas existe um esforço dominante de todos e vamos eleger pelo menos dois vereadores”, destacou Edilson.

A união entre PSol e PCB, neste momento, acontece em mais de 90% das cidades brasileiras, onde ambos os partidos estão presentes. O primeiro ato de campanha dessa coalizão acontecerá neste próximo sábado (7). Os representantes da legenda se reunirão para discutir propostas a serem apresentadas à população e montar uma coordenação de campanha.