PT realiza jantar para pagar dívidas de Dirceu
Estima-se que tenha sido arrecadado cerca de R$ 15 mil na noite
Membros do Partido dos Trabalhadores (PT) organizaram na noite dessa quinta-feira (17) um jantar para arrecadar fundos. O encontro ocorreu em Brasília e tem o intuito pagar multas dos dirigentes do partido, condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento do mensalão.
A iniciativa partiu da Juventude do PT do Plano Piloto, do Distrito Federal. Além da ação, o partido abriu uma conta para arrecadar doações dos militantes que quiserem contribuir e não puderam comparecer ao evento. “A Ação Penal 470 resultou, entre outras injustiças cometidas, em uma multa milionária em desfavor de alguns de nossos principais dirigentes, em especial, José Dirceu e José Genoino", declarou a Juventude do partido, por meio de comunicado.
A ‘vaquinha’ do PT gerou insatisfação e um protesto individual. No local, a advogada Marília Gabriela de Farias, 31, foi ao restaurante em Brasília em que ocorreu o jantar de arrecadação de fundos para criticar a iniciativa. "Querem ajudar seus amigos? Dividam com eles parte da pena restritiva de liberdade", informava um cartaz que ela segurava e tentou afixar no restaurante. A advogada disse também que a iniciativa petista era um "absurdo" e representava uma "palhaçada".
O jantar começou com um brinde a Dirceu, e logo em seguida, houve ao microfine, os discursos. Nas declarações os militantes defenderam a história dos condenados, mas não atacaram o STF.
Entre os defensores do partido, há quem afirmou pagar todo o dinheiro para ‘salvar’ Dirceu. "Essa coisa toda é contra o PT porque a gente mudou a cara do Brasil. Se precisar comprometer 100% da minha renda para pagar, vou pagar", disse o petista e integrante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Cícero Rola.
No restaurante foram vendidos 150 convites, que variavam de R$ 100 a R$ 1.000 e compareceram um pouco menos de 100 pessoas. Apesar da não divulgação oficial da arrecadação, estima-se que tenham obtido no mínimo R$ 15 mil.
*Com informações da Folha de São Paulo