Dilma defende apoio mútuo de países emergentes

Presidente está em Durban, na África do Sul, para a V Cúpula dos Brics, que reúne os governantes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul

qua, 27/03/2013 - 10:31
Roberto Stuckert Filho/PR

Após sessões de trabalho da V Cúpula dos Brics, que reúne os governantes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, a presidente Dilma Rousseff frisou nesta quarta-feira (27) que o fortalecimento das economias de cada país, mesmo diante da crise internacional, foi o resultado do equilíbrio de incentivos ao comércio e investimentos.

“Nossos países têm contrabalançado os efeitos da continuada crise econômica financeira internacional tanto pela via do comércio quanto dos investimentos. Demos passos importantes hoje para a criação de um banco de desenvolvimento (…) é nossa contribuição para a economia global em um de seus aspectos mais decisivos: o do financiamento do desenvolvimento”, disse.

Dilma explicou que a criação do Banco do Brics irá colaborar para o crescimento dos países emergentes. A instituição terá os mesmos moldes do Banco Mundial (Bird). Cada país do Brics deverá destinar R$ 10 bilhões para a criação do fundo. O dinheiro será usado em ações de financiamento de infraestrutura. A ideia é que o Banco do Brics seja uma alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

“É um banco talhado para as nossas necessidades. Temos de estreitar laços e criar mecanismos de apoio mútuos”, destacou a presidente. “É um mecanismo de estabilidade que pode criar linhas recíprocas de crédito, fortalecendo a solidez do mercado internacional”, completou.

Além do desenvolvimento econômico, as discussões durante a Cúpula destacam a importância de um trabalho conjunto para inclusão social e superação da extrema pobreza.

“Nós nos distinguimos também porque temos aplicado modelos de desenvolvimento econômico com inclusão social. Para se ter uma ideia, com três anos de antecedência, a meta do desenvolvimento do milênio de diminuir pela metade a proporção de pessoas vivendo com menos de US$ 1,25 por dia já foi alcançada. Segundo o PNUD, esse resultado em relação à pobreza extrema se deve, em boa medida, aos avanços das políticas econômicas e sociais dos nossos países. Em todos os países Brics ocorreu uma sensível redução das pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza. No Brasil, nós temos, num horizonte próximo, a superação completa da miséria, da pobreza extrema”, disse.

Dilma permanece em Durban, na África do Sul, esta tarde para reuniões e voltará para Brasília à noite.

Com informações do Blog do Planalto e da Agência Brasil.

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