Sociedade sai às ruas do Recife contra Feliciano

O protesto é o terceiro que ocorre na acidade após posse do pastor

por Élida Maria sab, 06/04/2013 - 16:16

Faixas e cartazes expõem a indignação de representantes de movimentos sociais, ativistas políticos e sociedade civil organizada em virtude à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, gerida pelo pastor Marco Feliciano (PSC-SP). O protesto reuniu pessoas em frente à Praça da República no bairro de Santo Antônio e seguiu por ruas do Centro do Recife, neste sábado (6).

O ato público é o terceiro ocorrido na capital pernambucana contra o deputado paulista. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Homens Trans, Leonardo Tenório, o objetivo é deixar claro para toda a sociedade brasileira que Marco Feliciano não representa a minoria. “O Marco Feliciano não só fez com que fosse considerado homofóbico, racista e machista, como faz parte de uma bancada de deputados que trabalham contra a laicidade do Estado e reafirma outras violações aos direitos humanos”, argumenta.

Para o ativista político, Eric Justino, que também fez parte do protesto, a permanência de Feliciano é o motivo de ele sair às ruas reivindicando. “Ele (Marco Feliciano) só serviu de estopim. Ele é quase um bode expiatório que representa todas as ações politiqueiras quem veem espremendo e eliminando o direito essencial básico das pessoas existirem”, opinou Justino.

O ativista considera ainda que após a posse de deputado como presidente da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias, as pessoas estão mais expressivas com atitudes não aprovadas. “Isso fez com que as pessoas acordassem para ver essas mazelas. A ideia é que por meio desses protestos possa surgir uma comissão para apoiar ou não alguns políticos. Vamos protagonizar essa história no cenário da política nacional”, declarou.

Segundo um membro da Rede Nacional de Negros e Negras da LBGT, Edson Axé, o entendimento é que a comissão presidida por Feliciano é uma grande voz do direito popular e o deputado fala no seu próprio discurso que é homofóbico, racista e fundamentalista. “Nós não aceitamos a postura que ele tem para a ferramenta de trabalho. Para ele sair da função é uma questão de dias e nossa vigília vai continuar até a saída dele”, afirmou Axé.

A manifestação pública reuniu dezenas de pessoas que passaram pelas Avenidas Dantas Barreto e Guararapes e pela Rua da Aurora encerrando no Momento da Tortura, no Centro do Recife.

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