PT sem condições de lançar candidato ao governo de PE
Ex-prefeito do Recife declarou que os desentendimentos internos demonstram que o partido não tem maturidade
O ex-prefeito do Recife, João da Costa (PT), declarou que o PT em Pernambuco não tem condições de lançar candidatura própria ao governo do estado em 2014. Segundo o petista, os desentendimentos internos da sigla na cidade demonstram que o partido não tem maturidade. Para o ex-chefe do executivo municipal, que segundo rumores deve migrar para o partido do atual prefeito, a sua atual legenda está vivendo um momento de conflito e a melhor opção é seguir na composição da Frente Popular liderada pelo PSB.
“O PT deve insistir na composição da Frente Popular que permitiu várias mudanças no Brasil. Não tem condições de lançar uma candidatura própria”, comentou João da Costa durante uma entrevista a rádio CBN. Ele também argumentou que antes de discutir nomes que entraram na disputa do executivo estadual é preciso sugerir soluções.
Sobre a atual gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB), o petista afirmou que três meses é muito pouco para se fazer uma avaliação, mas o socialista terá uma situação política vantajosa, pois quase não há oposição na Câmara dos Vereadores.
Outro ponto discutido pelo petista trata da relação entre prefeitura e governo do estado.
“Hoje quase não tem oposição, quem participou da campanha como oposição não faz oposição. Ficam dizendo herança maldita, mas os problemas são mais complexos. Geraldo Julio governa em outro contexto com uma situação política melhor. Na relação com o governo do estado, antes, eu teria que percorrer um caminho mais longo. Agora com um telefonema talvez se resolva tudo. Ele tem todas as condições políticas para fazer um bom governo, coisa que eu não tive”, defendeu João da Costa.
Questionado sobre o motivo de não implementar a ciclo faixa móvel aos dias de domingo, medida realizada por Geraldo Julio já nos primeiros três meses de governo, o ex-prefeito afirmou que durante o seu mandato deu atenção a outras coisas. “Não fizemos porque realizamos outras coisas antes, mas a ação é boa”, ressaltou.