Geraldo intercede por famílias de edifícios desocupados

O prefeito solicitou que a Caixa tome todas as medidas necessárias

sex, 31/05/2013 - 17:12
Humberto Pradera/Divulgação A reunião ocorreu em Brasília nesta sexta (31) Humberto Pradera/Divulgação

As últimas chuvas intensas que caíram no Recife neste mês movimentou a bancada da oposição em relação às críticas direcionadas ao prefeito Geraldo Julio (PSB). Outro problema que afetou muitas pessoas da capital pernambucana foi à desocupação de dois edifícios noticiados em toda a imprensa local: Eldorado e Emílio Santos. Mas, dessa vez, o socialista saiu na frente e foi até Brasília solicitar um auxílio-aluguel para as famílias dos habitacionais. A reunião ocorreu nesta sexta-feira (31) entre o gestor municipal o vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal (CEF), Teotônio Costa Rezende, e representantes dos ministérios das Cidades e da Fazenda.

O prefeito embarcou na madrugada desta sexta para cobrar providências do Governo Federal que beneficiem as 224 famílias que estão deixando suas moradias no Conjunto Residencial Eldorado, no Arruda, e outras 32 que tiveram que abandonar o Edifício Emílio Santos, em Boa Viagem. Este último o prazo expirava hoje.

Geraldo solicitou à Caixa que providencie o pagamento de auxílio-aluguel para as 256 famílias dos dois condomínios. Por conta de decisões judiciais recentes, a Caixa paga esse benefício para os moradores do Conjunto Residencial Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, e de parte do Residencial Boa Viagem. “O que viemos pedir aqui hoje é somente o mesmo tratamento para as famílias do Eldorado e do Emílio Santos”, explicou o prefeito. O auxílio-aluguel pago pela Caixa é de R$ 600 para os ex-moradores do Conjunto Muribeca e de R$ 880 para os do Residencial Boa Viagem.

"Entregamos um documento apresentando toda a situação do Edifício Emílio Santos e do Eldorado, e solicitamos para que a Caixa tome todas as medidas necessárias no mais curto espaço de tempo. Essas famílias não podem esperar muito”, disse o prefeito. 

O socialista confirmou ainda que solicitou uma parceria entre o Governo Federal com as prefeituras da Região Metropolitana para que sejam tratadas todas as questões referentes aos prédios-caixão existentes.

Teotônio Costa Rezende argumentou que a Caixa só arcaria com o auxílio-aluguel em caso de uma decisão judicial neste sentido, mas que, em função do apelo do prefeito, prometeu estudar o caso. Ele assegurou que levaria a questão para uma reunião que será realizada na próxima semana com os ministérios da Casa Civil, Cidades, Planejamento e Fazenda. "Nos colocamos à disposição para articular uma ação integrada", pontuou.

Eldorado - No caso do Conjunto Eldorado, 234 famílias terão que deixar os apartamentos nos próximos 14 dias. A Secretaria Executiva de Defesa Civil do Recife vai monitorar o prédio durante esse período. Para auxiliar na remoção de pertences, a PCR disponibilizou dez caminhões. Os moradores que precisarem do serviço devem procurar as equipes de assistência social da Defesa Civil, no salão de festas do condomínio. As medidas de precaução bem como os auxílios psicológico e operacional foram comunicados aos moradores ontem por representantes da Prefeitura.

Emílio Santos - Já o edifício Emílio Santos, localizado em Boa Viagem, apresentou rachaduras há cerca de 15 dias e também foi interditado pela Defesa Civil. Os últimos moradores devem deixar os três blocos de apartamentos neste final de semana. 

 

*Com informações da assessoria

COMENTÁRIOS dos leitores