Base aliada apoia plebiscito para reforma política

Líderes partidários estiveram em Brasília para uma reunião com a presidente Dilma Rousseff e alguns ministros

qui, 27/06/2013 - 15:43
Roberto Stuckert Filho/PR

Ao que tudo indica, o governo contará com o apoio dos partidos da base aliada para a realização do plebiscito sobre reforma política. Após uma reunião da presidente Dilma Rousseff, nesta quinta-feira (27), no Palácio do Planalto, o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, confirmou a intenção.

Segundo ele, que é um dos articuladores políticos da reforma, a ideia é que a população possa opinar sobre questões centrais, que irão "nortear" as propostas a serem feitas. Para evitar mal-estar com parlamentares, ele voltou a frisar que apesar da consulta com o povo, a "palavra final será do Congresso Nacional". Desde o início da semana, quando fez o pronunciamento das cinco propostas do governo diante das manifestações populares, Dilma tem sido criticada por falar em plebiscito antes de articular a intenção com os parlamentares.

De toda forma, ainda não há nada decidido sobre o que será levado para a população opinar. No entanto, de acordo com o ministro, dois pontos estão quase certos. Um é sobre como deverá ser o financiamento da campanha. O outro é sobre o sistema eleitoral e envolve as eleições proporcionais, por exemplo. "Vamos tratar do que é essencial, das balizas. Isso norteará a reforma", salientou Mercadante.

O governo acredita que o Congresso deverá seguir a voz popular e considerar o resultado do plebiscito ao elaborar a reforma. "Acho difícil qualquer partido negar a vontade do povo", disse.

Apoio

Na reunião desta quinta, estiveram presentes, além de Mercadante, os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e o vice-presidente Michel Temer. Entre os líderes partidários, participaram do encontro Eduardo Campos (PSB), Rui Falcão (PT), Valdir Raupp (PMDB), Carlos Lupi (PDT), Renato Rabelo (PDdoB), Gilberto Kassab (PSD), Alfredo nascimento (PR), Benito Gama (PTB), Marco Antonio Pereira (PRB) e Ciro Nogueira (PP).

Após a reunião, Campos declarou que a maioria dos partidos da base apoiou o plebiscito, porque "entende-se que é preciso ouvir" a sociedade, antes de elaborar a nova legislação.

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