Dilma deve enviar proposta de plebiscito na próxima semana

Antes disso, a presidente Dilma Rousseff deve se reunir com os líderes da oposição da Câmara dos Deputados e do Senado

sex, 28/06/2013 - 11:54

O governo deve enviar, na próxima semana, para o Congresso Nacional uma proposta para o plebiscito sobre a reforma política. Antes disso, a presidente Dilma Rousseff deve se reunir com os líderes da oposição da Câmara dos Deputados e do Senado.

Ainda não se sabe que questões serão feitas à população durante o plebiscito. No entanto, dois pontos estão quase certos. Um é sobre como deverá ser o financiamento da campanha. O outro é sobre o sistema eleitoral e envolve as eleições proporcionais, por exemplo. "Vamos tratar do que é essencial, das balizas. Isso norteará a reforma", salientou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, após a reunião com os líderes da base aliada nessa quinta-feira (27).

Quanto aos custos, estima-se que os gastos pode chegar a R$ 500 milhões, mais do que o que foi gasto nas eleições de 2012.

Na reunião dessa quinta, o governo confirmou o apoio da base aliada. De acordo com o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), os senadores iniciarão um debate interno para a aprovação do plebiscito. Para ele, a definição do que será perguntado à população deve ser feita pelo Congresso e a reforma poderá mexer com outras áreas além do Legislativo. "Considero esse debate muito importante e estratégico para a sociedade. Mexe com o Congresso, com o Executivo, com o Judiciário e com o Ministério Público. É um debate que teremos de fazer ouvindo o clamor popular", disse.

Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que é da oposição, o plebiscito não é a melhor alternativa para oferecer uma resposta às demandas da população e “às expectativas das ruas”, já que as questões políticas são complexas e não podem ser respondidas apenas com sim ou não. Sobre a reunião com a presidente, ele se opõe à ideia. "Eu não iria. Nesses 10 anos, a oposição nunca foi convocada para uma reunião. Não há por que, nestas circunstâncias, a oposição aceitar essa manobra da Presidência da República", frisou.

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