Grupo da reforma política deve ter 2 petistas, diz Alves

seg, 15/07/2013 - 22:40

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse nesta segunda-feira que o PT deverá ter dois representantes no grupo de trabalho que fará num prazo de 90 dias uma nova proposta de reforma política. A criação do grupo, inicialmente prevista para a semana passada, foi adiada por causa de um "curto-circuito" dentro do partido, pois os deputados Cândido Vaccarezza (SP) e Henrique Fontana (RS) disputavam a vaga da legenda no grupo.

Alves defendeu que Vaccarezza seja o coordenador do grupo de trabalho e que Fontana seja indicado pela sigla. "(O PT) é o único partido que, por ser o maior (da Câmara), terá dois lugares nesse grupo. Terá o representante da bancada, que eu espero que seja o Henrique Fontana, que deve interpretar o pensamento e as propostas do partido. Eu convidei o Vaccarezza para coordenar", disse o presidente da Câmara.

Alves afirmou que o deputado do PT de São Paulo não será um porta-voz das posições da agremiação sobre a reforma política e sim um coordenador de trabalhos e mediador. "Eu quero que haja um coordenador, que não vai exprimir as ideias do partido, mas coordenar as tarefas, marcar as audiências e dirimir conflitos."

Como justificativa, o presidente da Casa argumentou que Vaccarezza tem um bom trânsito com todos os partidos da Câmara. Alves reiterou que espera instalar o grupo nesta terça-feira, 16, e que aguarda uma resposta do PT sobre se aceita ou não o modelo proposto, com dois representantes. O deputado de São Paulo é aliado de Alves, que trabalhou para que ele se tornasse presidente da Casa em 2011, mas, numa eleição interna no partido, o deputado Marco Maia (RS) venceu a disputa.

Vaccarezza comanda uma ala da legenda mais afinada com o PMDB. Nas disputas petistas, ele, que já foi líder da sigla e do governo, costuma ser acusado pelos adversários de trabalhar contra o plebiscito sugerido pela presidente Dilma Rousseff para a reforma política. Os partidários de Vaccarezza afirmam que Fontana é desde 2011 o relator de uma comissão da reforma política e que nunca conseguiu fazer a proposta andar por ser "inflexível".

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