Executiva do PSDB se manifesta sobre minirreforma política

Aécio Neves sugere punição para publicações ofensivas nas redes sociais

por Élida Maria qua, 18/09/2013 - 11:03
Jose Cruz/ABr Na sugestão do tucano, o autor das publicações na internet responderá criminalmente pela postagem Jose Cruz/ABr

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, incorporou à minirreforma eleitoral, aprovada na última segunda-feira (16), no Senado Federal em Brasília, a proposta que penaliza as pessoas que postarem conteúdos ofensivo ou agressivo nas redes sociais.  Na sugestão do tucano, o autor das publicações responderá criminalmente pela postagem e a Justiça Eleitoral será acionada a retirá-la da Internet. 

Neves acrescentou ainda a sua proposta penalidades para os autores de falsos perfis nas redes sociais, que surgem com o único objetivo de difamar ou ofender os candidatos, e para aqueles que promoverem os chamados "fake", expressão em inglês que significa "falso". Já o presidente do PSDB de Pernambuco, deputado Sérgio Guerra, defendeu que a minirreforma inclua o voto distrital por acreditar que o modelo obriga o candidato a assumir compromissos com o que prometeu em campanha e contribui com o eleitor na cobrança de tais promessas. 

Para Guerra, nenhuma reforma na política brasileira avançará de verdade se a "natureza do voto" não for alterada. "O voto precisa ser depositado nas ideias, não na simpatia do candidato A ou B", ressaltou o parlamentar.  Ele também não carrega tanto otimismo em relação à aprovação de uma reforma que provoque mudanças substanciais na política brasileira. Ao contrário. Avalia que o modelo que tramita no Congresso Nacional, se não for aprimorado, "pode terminar sendo ruim para a Democracia" porque mantém "o jogo de interesses e palavras que não valem nada".

Conheça a proposta - O projeto de minirreforma número 441/2012 já foi aprovado no Senado Federal na segunda-feira (16) e segue agora para a Câmara dos Deputados. Ele altera a Lei Eleitoral 9.504/97 e a Lei dos Partidos Políticos 9.096/95. Para valer nas eleições de 2014, o projeto precisa ser sancionado pela presidente Dilma até o próximo dia cinco de outubro. 

 

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