Os dados do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) revelados nesta segunda-feira (28), sobre o cenário para candidatos ao governo de Pernambuco, foram analisados por especialistas. Nos resultados, o nome do senador Armando Monteiro (PTB) é apontado como favorito em várias possibilidades de composições de postulantes, mesmo assim, os analistas avaliam ser cedo para uma definição concreta.

Variando entre 23% a 28% da escolha dos entrevistados do IPMN levando em consideração a alternância de nomes com quem irá disputar as eleições, o petebista liderou a amostra do IPMN em todas as variáveis. “Armando Monteiro é um senador da República que tem um protagonismo muito forte em Pernambuco. Ele tem história, tem um passado não só como empresário, mas como político e recentemente vem assumindo sua já pré-candidatura a governador”, atribuiu o analista político Maurício Romão.

Segundo Romão é notório a movimentação de Monteiro através de série de contatos, de busca de apoios e viagens pelo interior com intuito de reunir pessoas e buscar aderência à postulação. “Ele sai na frente em todos os cenários possíveis e com uma diferença razoável em relação ao segundo colocado”, relembra, acrescentando ainda ser cedo para uma decisão do quadro eleitoral. “Há muitas fases ainda, e o próprio PSB ainda não definiu a sua candidatura e isso corre para que a postulação de Armando seja aquela que tenha maior aderência. Mas isso não significa que o assunto esteja resolvido pela liderança que ele expõe hoje. A pesquisa trata este momento de agora, mas temos várias etapas pela frente. Vamos aguardar mais um pouco”, avaliou.

Para o cientista político Adriano Oliveira apesar de o petebista liderar a pesquisa, o grande percentual de eleitores que ainda não opinaram, pode fazer a diferença em 2014. “A pesquisa revela que Armando parte na frente, mas não posso assegurar que ele parte bem. Mesmo ele estando na frente, percebemos um percentual de eleitores que ainda estão indefinidos - cerca de 60% - em alguns cenários. Isso significa que qualquer candidato que vier a ser candidato com estrutura de campanha e com estratégias adequadas, pode vir a crescer eleitoralmente”, argumentou.

Mesmo com a indefinição em virtude de faltar ainda cerca de um ano até as eleições de 2014, Oliveira considera que Armando poderá ter bons apoios. “O que nós podemos avaliar em relação a Armando é de que neste momento ele tem condições de alianças políticas (de negociar). Este é um dado relevante. Só que existe um dado relevante também. Aquele intérprete de pesquisa e que tiver acesso à pesquisa, saberá que existe 60% dos eleitores flutuantes e saberá que esses eleitores poderão migrar para qualquer candidato. Portanto, a pesquisa mostra que o quadro em Pernambuco está indefinido”, analisou o cientista.