Cabral diz que passará governo para Pezão em abril
O governador Sérgio Cabral (PMDB) confirmou nesta sexta-feira, 7, que transmitirá o cargo em abril para o vice, Luiz Fernando Pezão, pré-candidato ao Palácio Guanabara. Inicialmente, o plano do governador era sair em 31 de março, depois ele falou em 28 de fevereiro e agora a previsão é 3 de abril.
Em discurso durante inauguração da primeira Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) fora capital, na comunidade da Mangueirinha, em Duque de Caxias (Baixada Fluminense), Cabral citou uma série de realizações de seu governo. "É este o Estado que você vai assumir a partir de abril. A lei impõe minha saída. Deixarei em muito boas mãos", discursou o Cabral, que deverá disputar o Senado, dirigindo-se a Pezão.
Desde a semana passada Cabral, ao lado do vice, tem participado de várias inaugurações, na capital, região metropolitana e interior. Na inauguração da UPP, o palanque teve a presença do deputado petista Zaqueu Teixeira, que, embora defendesse a permanência do PT no governo até o fim da gestão Cabral, teve que deixar a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos na semana passada, em cumprimento a determinação da executiva regional.
O rompimento com o PMDB, depois de sete anos de aliança, foi anunciado pelo presidente do PT-RJ, Washington Quaquá, no dia 27 de janeiro. Ex-chefe de Polícia Civil, no governo Benedita da Silva (PT), Zaqueu disse que foi a convite do prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso. "Sou um deputado eleito pela Baixada Fluminense, desde 2011, quando eu presidia a Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, pedia que o governo levasse a UPP para a Baixada, para a Mangueirinha. Não vejo incompatibilidade", disse Zaqueu. "Meu relacionamento pessoal (com o governador e o vice) é muito bom, e também é muito bom com meu candidato a governador, Lindbergh. No momento da eleição, vou fazer campanha para meu candidato. Ainda não estamos na época", disse o ex-secretário.
A saída do PT do governo Cabral foi uma vitória do pré-candidato do PT ao governo do Estado, senador Lindbergh Farias, que trabalhava pelo rompimento da aliança desde o fim do ano passado.