Marília volta a defender PL que pode mudar nome de ruas

Secretária respondeu as críticas que vem recebendo sobre o projeto

ter, 18/03/2014 - 10:00
Marianne Daffne/LeiaJáImagens Proposta da vereadora licenciada é alterar nomes que fazem referência a militares Marianne Daffne/LeiaJáImagens

A vereadora licenciada Marília Arraes (PSB), secretária municipal de Juventude e Qualificação Profissional, se defendeu das críticas que vem recebendo do projeto de lei que pretende mudar o nome dos logradouros públicos. A ideia é alterar a denominação que fazem referência a lideres da Ditadura Militar no Brasil.

“Eu acho que estão deturpando (o projeto). As pessoas sequer leem antes de opinar. Dizem que tem muito mais o que fazer. Não é ter questão do que fazer ou não. Primeiro que vereador não tem competência e orçamento para construir creches e escolas, e acredito que a maioria das pessoas sabem disso. O que a gente quer é que a memória seja preservada. A verdade seja dita. E as pessoas tenham consciência do que foi a Ditadura Militar e que nunca mais aconteça, e que não seja um episódio da história banalizado”, relatou a pessebista ao Portal LeiaJá. Ela é neta do ex-governador Miguel Arraes, que foi exilado na época do regime militar.

De acordo com a secretária, os logradouros que tiverem seu nome alterado terão também uma placa informando a antiga denominação. “A gente escutou as pessoas dizerem que não vai ser lembrado (os antigos nomes). A gente quer lembrar sim. (...) Eu ressaltou que minha posição não é de apagar a história, muito pelo contrário, acho que a gente não lembrar o que aconteceu, não marcar tudo que aconteceu, ai sim a história vai ser apagada”, disse.

Em sua opinião, as famílias que sofreram com a ditadura não querem morar na rua que lembram dos torturadores do regime militar. “Eu tenho um amigo que não sofreu com a ditadura. Ele é de esquerda e a rua que ele mora é Castelo Branco (primeiro presidente da época da ditadura militar). Ele disse que não quer morar na rua que tenha esse nome. (...) Estou falando de um regime de tortura, que agravou a saúde mental e física das pessoas. É por isso que não concordamos que essas pessoas sejam homenageadas”, frisou a parlamentar.

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