Campos defende investigação no caso do irmão de FBC
Segundoo ex-governador, as acusações não atingem o PSB e a candidatura dele a presidência da República
O ex-governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), afirmou que o ex-presidente da Codevasf, Clementino de Souza Coelho, não tem nenhum envolvimento com o PSB. Clementino é irmão do ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (FBC-PSB), pré-candidato ao Senado pela Frente Popular, e está sendo acusado de ter se envolvido com o doleiro Alberto Yousseff, preso no mês passado na Operação Lava Jato da Polícia Federal.
"Essa pessoa, que é parente de um filiado do PSB, deve prestar todos os esclarecimentos. Ela não tem nenhum envolvimento com o PSB. Se fez algo errado tem que ser punido como qualquer outro", destacou o presidenciável, ao conceder entrevista na noite dessa quarta-feira (16), em Campinas, São Paulo. O socialista comentou ainda que o episódio não desgastaria a candidatura dele a presidência e pontuou que não queria “fazer nenhuma acusação sem provas”.
“O PSB foi o partido que viabilizou a CPI (da Petrobras). Nós fizemos isso exatamente para que a sociedade possa ver tudo apurado doa a quem doer toque que tocar. A lei é para todos”, cravou. “Eu quero que a Polícia Federal apure, que o Ministério Público apure e que a Justiça julgue. Se ele (Coelho) tiver culpa, ele tem que ser punido severamente”, completou o socialista.
Uma reportagem divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, nessa quarta, aponta que Clementino teria sido flagrado pedindo dinheiro ao doleiro Alberto Youssef, preso desde o mês passado pela Polícia Federal. Foi através da troca de e-mails de Clementino com o doleiro que a Polícia fez a ligação entre eles.
Bezerra Coelho também já se posicionou com relação ao caso, afirmando confiar que as explicações sobre o envolvimento do irmão com Youssef sejam prestadas, para assim esclarecer as denúncias.