Jungmann explicou que considera válidas as reuniões internas, como a bancada governista tentou arranjar explicações para a falta de atendimento nas sextas-feiras, principalmente à tarde LeiaJáImagens/Arquivo

O vereador Raul Jungmann (PPS), líder da bancada de oposição, apresentou o resultado da fiscalização realizada na última sexta-feira (30) nas 122 Unidades de Saúde da Família (USFs). Ele comemorou o aumento de prédios abertos após denunciar o fechamento às sextas-feiras e entrar com representações contra a Secretaria Municipal de Saúde no Ministério Público de Pernambuco e no Ministério Público Federal.

“Depois que fizemos a denúncia, voltamos a monitorar o atendimento. A pressão, a vinda à tribuna, surtiu efeito. Pela manhã, a quantidade de unidades fechadas caiu de 18,9% para 10,7%. À tarde, essa queda foi mais significativa. De 68,2% das USFs que visitamos foi para 29,5%. E fica a pergunta que não quer calar: por que somente depois de 15 dias esse percentual despencou para mais da metade?”, alfinetou o pós-comunista durante a sessão plenária da Câmara dos Vereadores, nessa quarta-feira (28).

“Não obtivemos nenhuma resposta até agora. Zero explicação a esse respeito. O que soubemos é que não era uma orientação da Secretaria de Saúde. Senão é uma orientação, então é uma absoluta incapacidade gerencial e de monitoramento. Então falta alguém capaz para cuidar da saúde da família no Recife”, disparou Jungmann. “Vamos continuar acompanhando as 122 unidades até que todas estejam abertas e funcionando para a população. Se falta capacidade gerencial e de monitoramento, não falta disposição a esta Casa para fiscalizar”, emendou.

Jungmann explicou que considera válidas as reuniões internas, como a bancada governista tentou arranjar explicações para a falta de atendimento nas sextas-feiras, principalmente à tarde. Porém, deixou claro que discorda que esses encontros ocorram simultaneamente entre todas as equipes da mesma USF.

“Cada unidade tem mais de uma equipe. Pode-se fazer um rodízio de reuniões entre essas equipes para que as portas não fechem e a população fique completamente desassistida. Uma atende e outra se reúne em determinado horário e dia da semana. O que não pode é trancar tudo com cadeado e ninguém ser atendido. O fechamento é um atentado, um crime contra a saúde popular”, criticou.

No dia 30 de abril, Raul Jungmann encontrou 13 das 122 USFs existentes sem atendimento ao público, sendo que cinco estavam trancadas, uma em reunião e sete em reforma. Na parte da tarde, 18 estavam vazias, 11 em reunião e sete em reforma, totalizando 36 sem atendimento ao público.

No dia 9 de maio, deparou-se, no período da tarde, com 45 USFs fechadas sem atendimento ao público, sendo 35 delas completamente fechadas, sete em reforma e três em reunião interna. Pela manhã, observou 23 USFs fechadas sem atendimento ao público, sendo 11 fechadas, sete em reforma e cinco em reunião interna.

*Com informações da Assessoria de Imprensa