Câmara aprova 'politização' da Secretaria de Comunicação
Estrutura conta hoje com um jornal, uma TV, uma rádio e uma agência de notícias
A Câmara aprovou nesta quinta-feira, 12, um projeto de resolução que passa para um deputado a chefia da área de comunicação da Casa e coloca sob o comando de um político os veículos institucionais de divulgação da atividade parlamentar. A sessão que chancelou a decisão foi marcada por críticas de que os órgãos estariam sendo "partidarizados".
"Não podemos perder a independência dos órgãos de comunicação da Casa. Isso é um erro, pode desqualificar a comunicação da Casa e prejudicar o conjunto na sua sagrada diversidade", alertou o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ).
A estrutura da Câmara conta hoje com um jornal, uma TV, uma rádio e uma agência de notícias. Até a aprovação dessa resolução, esses órgãos respondiam a um funcionário de carreira.
A politização da área é defendida por Cunha e o mais cotado para ser indicado para o posto é o deputado Cleber Verde (PRB-MA), um de seus aliados. O argumento é que os veículos, principalmente a TV, precisam se focar na divulgação da atividade parlamentar.
"A única coisa que não tem (na TV Câmara) é a atividade parlamentar. Essa Casa precisa de uma TV para divulgação das atividades parlamentares dentro e fora do Parlamento, coisa que a TV Câmara não faz, porque sequer uma equipe sai daqui para mostrar atividades fora do Congresso", declarou o líder do PRB, Celso Russomanno (SP).
Cunha também conseguiu aprovar nesta noite a criação de outra secretaria, de Relações Internacionais. O posto também será reservado a um deputado designado pelo presidente.