Prefeitos de PE se colocam favoráveis ao fim da reeleição
Apesar da avaliação positiva, os prefeitos temem que o próximo mandato seja apenas de dois anos
O fim da reeleição para cargos do Executivo federal, estadual e municipal foi encarado por prefeitos de Pernambuco como positivo. A medida não cercea a possibilidade dos eleitos em 2012 disputarem novamente o pleito, o que causou alívio para alguns gestores que já se preparam para a disputa em 2016.
“Sou extremamente favorável. Vim a Brasília para fazer um lobby com os colegas e pedir para que eles votassem a favor do fim da reeleição”, afirmou o prefeito de Garanhuns, no Agreste, Izaías Régis (PTB). “As eleições municipais agora vão ter mais qualidade. Vou disputar uma reeleição, pois é o que o povo quer, mas queria muito que eles (os parlamentares) tivessem dado mais dois anos aos mandatos atuais, mas não encararam isso”, acrescentou, mencionando um assunto que deve ser analisado nesta quinta-feira (28), que é a coincidência das eleições.
Este assunto é visto justamente como o imbróglio da reforma política, já que há a possibilidade de que o próximo mandato executivo municipal seja de apenas dois anos. Para o gestor de Serra Talhada, no Sertão, Luciano Duque (PT), um mandato de dois anos “seria um absurdo”. “Se for um mandato tampão de dois anos é um absurdo, acho que o Congresso tem que repensar. Seria mais sensato fazer um mandato seis anos”, observou. “Concordo que não deve haver reeleição. Não se pode é cercear o direito a quem já estava no exercício do mandato. Seria uma insensatez”, acrescentou o petista.
Sob a ótica dos gestores, a nova regra deve ampliar ainda mais a concorrência nas disputas municipais. “O fim da reeleição faz com que as cidades e estados possam se oxigenar, ter alternância no poder quando necessário. Acredito que o aumento do tempo de mandato pode melhorar ainda mais o processo”, argumentou o prefeito de Moreno, na Região Metropolitana do Recife, Adilson Filho (PSB).