PT cria grupos de trabalho para defesa do partido

Resolução da Executiva Nacional reitera a ideia defendida no 5º Congresso Nacional do PT, realizado há duas semanas em Salvador, de o partido se articular em uma frente ampla com centrais sindicais e movimentos populares

qui, 25/06/2015 - 18:30

O PT decidiu criar cinco grupos de trabalho para fazer a defesa do partido, do governo Dilma e também para preparar a "disputa política e ideológica para as eleições municipais de 2016", segundo informou resolução da Executiva Nacional divulgada na tarde desta quinta (25).

O documento reitera a ideia defendida no 5º Congresso Nacional do PT, realizado há duas semanas em Salvador, de o partido se articular em uma frente ampla com centrais sindicais e movimentos populares. "Reiteramos nossa disposição de apoiar a participação em todas as iniciativas voltadas para a constituição de uma ampla frente democrática, da questão nacional, das reformas estruturais e dos direitos dos trabalhadores."

A frente ampla seria uma forma de o partido se fortalecer no relacionamento com grupos que historicamente apoiaram a legenda, uma alternativa às coligações partidárias tradicionais para as disputas do ano que vem em um momento de fragilização política.

O PT tem sofrido derrotas após traições do seu principal aliado no Congresso Nacional, o PMDB. Nessa quarta, 24, por exemplo, a Câmara aprovou emenda que vinculou a política de valorização do salário mínimo aos reajustes das aposentadorias, em uma medida que prejudica o esforço de ajuste fiscal do governo.

O documento elaborado nesta quinta, 25, pela direção do PT também faz críticas a medidas patrocinadas no Congresso pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha - sem contudo citar diretamente o peemedebista. A resolução chama de graves as "tentativas de reduzir a maioridade penal, de realizar uma contrarreforma do sistema político eleitoral e de comprometer o sentido progressista do Plano Nacional de Educação."

Venezuela

A resolução também faz uma crítica ao incidente diplomático criado após a ida de uma comitiva de senadores oposicionistas à Venezuela. Liderados por Aécio Neves (PSDB-MG), os senadores tentavam visitar presos políticos no país vizinho e foram impedidos por manifestantes pró-Maduro. O documento petista chama a iniciativa dos senadores de "manobra antidemocrática" para "acuar" o governo venezuelano.

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