Falta de quórum adia análise dos vetos presidenciais

Parlamentares acusaram a base governista de ter feito uma manobra para que o número mínimo de presentes não fosse alcançado

por Giselly Santos qua, 02/09/2015 - 15:24

A pressão dos servidores do Judiciário, que compareceram em massa à Câmara e ao Senado, não surtiu efeito. O veto da presidente Dilma Rousseff (PT) ao reajuste salarial da categoria não foi analisado na sessão do Congresso Nacional desta quarta-feira (2). Os trabalhos foram encerrados pelo deputado Waldir Maranhão (PP-MA) por falta de quórum, depois de pouco mais de uma hora de reunião marcada por bate-boca entre os congressistas.

Alguns parlamentares acusaram a base aliada do governo de ter manobrado a fim de que o número mínimo de 257 deputados e 41 senadores não fosse alcançado e a votação não fosse iniciada.

"Há mais de seis meses o Congresso não se reúne. E mais uma vez hoje estão tentando impedir a realização da ordem do dia. O governo tem medo de enfrentar maioria", afirmou o deputado Caio Nárcio (PSDB-MG).

O deputado Rocha (PSDB-AC) reclamou da ausência dos parlamentares petistas, e o colega de partido, Domingos Sávio (PSDB-MG), disse que a sociedade precisava saber separar "o joio do trigo", reconhecendo quem estava se escondendo e quem queria cumprir seu dever. "Não é justo mentir e trair seus compromissos com os servidores públicos", alertou.

Um dos poucos governistas a falar, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), lembrou que o governo não pode aumentar a despesa neste momento de crise econômica. Ele disse ainda que muitos defensores do reajuste querem na verdade prejudicar a administração da presidente Dilma. "Muitos querem derrubar o veto porque querem o fracasso das políticas da presidente", atacou. Uma nova sessão do Congresso deve acontecer na próxima quarta-feira (9). 

*Com informações da Agência Senado

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