De olho em 2016, PT rompe aliança com o PCdoB em Olinda
Resolução assinada pelos dirigentes do PT em Olinda determina que todos os membros da legenda que ocupam cargos comissionados peçam exoneração até 1º de dezembro
A dois meses do início do ano eleitoral, o PT decidiu romper com a aliança majoritária junto ao PCdoB em Olinda. O comando da prefeitura local é divido entre as legendas com o prefeito Renildo Calheiros (PCdoB) e o vice Enildo Arantes (PT). Para oficializar a decisão, a direção municipal da sigla petista lançou uma resolução enumerando os motivos do rompimento e convocando os que compõem a gestão a deixarem seus cargos.
“O prefeito Renildo Calheiros tem demonstrado ao longo deste mandato uma conduta de desrespeito ao PT, apesar de participarmos da composição do governo”, diz o texto. “A gestão é extremamente centralizadora, as conversas são totalmente seletivas e o nível de insatisfação e falta de identidade da base partidária com a administração cresce a cada dia”, acrescentou.
Além da vice prefeitura, o PT também comanda Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, com Humberto de Jesus; tem a liderança do governo da Câmara de Vereadores, com Marcelo Santa Cruz e tinha a titularidade da recém-extinta Secretaria do Meio Ambiente, com Roberval Veras. A extinção da pasta foi o estopim para a decisão da legenda, que apesar de se justificar favorável à redução de custos, reclamou que o corte foi feito sem ouvir os representantes do partido na gestão.
“Da forma como o prefeito se comporta política e administrativamente não podemos reconhecer que o PT está na gestão e governa compartilhadamente. Estão na gestão valorosos companheiros e companheiras petistas, alguns ouvidos, considerados e outros ignorados”, destaca a resolução. “É chegada a hora de uma decisão que dê ao PT condições de protagonismo em Olinda. De afirmar sua identidade, de defender seu projeto, de levantar sua bandeira”, complementa.
Com o rompimento, a resolução assinada pelos dirigentes do PT em Olinda determina que todos os petistas que ocupam cargos comissionados peçam exoneração até 1º de dezembro e Marcelo Santa Cruz entregue o posto de líder do governo na Câmara. Além disso, também se prega a rejeição da indicação do ex-secretário de Meio Ambiente para comandar a pasta de Relações Institucionais da prefeitura.