PE: Filho, sobrinho e empregadas de prefeito são presos
Eles são suspeitos de atrapalhar as investigações da Operação Tsunami, que apura desvio de verbas públicas no município de Catende, na Mata Sul de Pernambuco
A Polícia Civil realiza, na manhã desta sexta-feira (19), a Operação Longa Manus, contra pessoas suspeitas de atrapalhar as investigações da Operação Tsunami, que apura desvio de verbas públicas da Prefeitura de Catende. Nesta manhã já foram presos o filho e o sobrinho do prefeito de Catende, Otacílio Alves Cordeiro (PSB), e um tenente-coronel da Reserva da Polícia Militar.
Além desses, a polícia também cumpriu três conduções coercitivas contra a filha do prefeito e duas empregadas de Otacílio. Ao todo, estão sendo cumpridos os três mandados de prisão preventiva, seis mandados de busca e apreensão domiciliar e quatro mandados de condução coercitiva. Segundo a Polícia Civil, as ações acontecem em Catende, Itamaracá e Recife.
Os presos e materiais apreendidos estão sendo encaminhados para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (DEPATRI), em Afogados, na Zona Sul do Recife. Estão participando da operação 78 policiais civis e 25 policiais militares.
De acordo com a Polícia Civil, o tenente-coronel da Reserva foi identificado como Adalberto Carvalho de Souza. Já o filho do prefeito é Paulo Augusto Cordeiro – durante a Operação Tsunami, a polícia prendeu um outro filho de Otacílio, Ronaldo Alves Cordeiro. A filha conduzida coercitivamente foi identificada como Jaqueline. Já as empregadas são Mikaela e Eliane.
Operação Tsunami – O prefeito de Catende, Otacílio Alves Cordeiro, é apontado como líder de uma organização criminosa que fraudava licitações do município, o que gerou um prejuízo estimado em R$ 5 milhões das verbas públicas. Durante a prisão do gestor, a polícia encontrou em sua residência a quantia de R$ 758.437 e uma barra de ouro no valor de R$ 40 mil.
Outras dez pessoas foram presas durante a Operação Tsunami, entre elas o filho do prefeito, a nora e o secretário de finanças do município. Enquanto preso, Otacílio chegou a fazer despachos da própria cadeia. Ele conseguiu a prisão domiciliar, mas voltou ao sistema penitenciário do Estado por quebrar regra do uso da tornozeleira eletrônica.