'PEC do Teto vai acabar com investimento público'
Segundo Alckmin, com a validade da PEC, se os governos aumentarem as despesas com pessoal e custeio não poderão gastar em investimentos, devido ao limite pela regra
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), fez críticas à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que coloca um teto no crescimento dos gastos públicos pela inflação do ano anterior, medida que o presidente Michel Temer encaminhou ao Congresso Nacional. Segundo Alckmin, com a validade da PEC, se os governos aumentarem as despesas com pessoal e custeio não poderão gastar em investimentos, devido ao limite pela regra.
"Na prática, se não cuidarmos, vai acabar o investimento público", disse Alckmin nesta segunda-feira, 19, ao comentar os efeitos da PEC durante debate na BM&F Bovespa. Estavam ao lado do tucano os governadores Beto Richa (PSDB-PR) e Raimundo Colombo (PSD-PR).
"Se não cuidar, o que é bem intencionado vai virar em algo que vamos desconhecer o crescimento. Alckmin criticou o governo federal por não colocar o crescimento econômico como adicional ao teto.
A Saúde será um dos setores prejudicados, segundo ele. "O governo federal ignora o crescimento na economia. Vai ter problema na Saúde, vai ter que mudar o SUS (Sistema Único de Saúde) e vai cair nas costas dos Estados e prefeitos."
Colombo, de Santa Catarina, disse que a reforma da Previdência seria uma medida mais emergencial que o teto de gastos. "Vai cortando, cortando, daqui a pouco não tem mais o que fazer. Eu daria muito mais ênfase para um resolver um problema mais prático, que é a Previdência", avaliou.