Geraldo mantém liderança em pesquisa, mas não cresce
A oito dias das eleições, o candidato a reeleição tem 33% das intenções de votos e João Paulo (PT) 25%. A diferença entre eles é um ponto menor que no último levantamento
A oito dias do pleito eleitoral o cenário da disputa no Recife é estável. Ao menos é o que indica uma nova aferição das intenções de votos feita pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendada pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, onde o prefeito e candidato à reeleição Geraldo Julio (PSB) aparece com 33% da preferência e João Paulo (PT) 25%.
A diferença numérica entre os dois postulantes, que polarizam a corrida, oscilou pouco mais de um ponto percentual se comparados os dados do último levantamento, divulgado no dia 17. Naquele momento, o pessebista tinha 34,2% dos entrevistados a seu favor enquanto o ex-prefeito 24,8%. Um quadro mais consolidado do que na primeira rodada de pesquisa, divulgada em 29 de agosto, quando ambos estavam tecnicamente empatados com o petista tendo 27,7% das intenções e Geraldo 25,3%.
“Temos oito dias de campanha e não podemos descartar, de modo algum, o primeiro turno em virtude do quadro de estabilidade, mas vai ficar para a última hora esta comprovação da nossa afirmação. Até porque, precisamos de outro levantamento para observar até onde Geraldo recuperou a popularidade e João Paulo declinou”, salienta o coordenador da pesquisa e cientista político, Adriano Oliveira.
O levantamento do IPMN traz também Daniel Coelho (PSDB) com 12% das intenções de votos. No último estudo, ele tinha a preferência de 10,4% do eleitorado pesquisado e em agosto 5,9%. Já a candidata Priscila Krause (DEM), com 3% desta vez, no dia 17 tinha 4,4% e em agosto estava tecnicamente empatada com Daniel, configurando 3,5% do apoio dos eleitores que responderam a amostra.
O psolista Edilson Silva configura a quinta posição, com 2% das intenções. Há uma semana, ele tinha 1% da preferência e em agosto 0,8%. O candidato Carlos Augusto (PV), que não havia pontuado ainda, desta vez aparece com 1% de apoiadores enquanto Pantalão (PCO) e Simone Fontana (PSTU) não atingiram um ponto percentual. Os brancos e nulos, neste quesito, somaram 21% e os que não souberam responder são 4%.
Fazendo o cruzamento dos dados e apontando os votos válidos, Geraldo Julio teria a primeira colocação, caso a eleição fosse hoje, com 43% e João o segundo com 33%. Já Daniel Coelho viria a ter 16% da preferência e Priscila 4%. Edilson Silva apareceria com 2%, Carlos Augusto, Pantaleão e Simone com 1% cada.
Considerando os dados, Oliveira pontuou que a eleição do próximo dia 2 ainda é uma “incógnita”. “Se Geraldo der uma subida de oito pontos na próxima pesquisa eu posso afirmar que ele deve sim vencer no primeiro turno. Afinal, a possibilidade de João Paulo recuperar a popularidade é remota e não posso dizer que Daniel cresceu ou Geraldo decresceu, eles tiveram uma variação na margem de erro”, ponderou.
Sob a ótica do estudioso, as armas dos candidatos para esta reta final são o guia eleitoral e a atuação da chapa proporcional. “Esta última semana o que vai definir bem a cabeça do eleitor é a comunicação e o exercito de vereadores. Isso pode sim fazer a diferença”, disse.
Espontânea
Ao aferir a preferência da população a partir da pesquisa espontânea, quando os próprios entrevistados dizem em quem pretendem votar, o quadro repete Geraldo na liderança numérica, com 32% de citação entres os que responderam ao IPMN enquanto João Paulo vem com 24%.
O tucano Daniel Coelho é mencionado por 11% da amostragem de recifenses. Já a democrata, conquistou 2% da preferência espontaneamente. Edilson Silva e Carlos Augusto foram citados por 1% do eleitorado cada. Os que não votariam em nenhum deles somam 21% e os que não souberam responder configuraram 9%.
O Instituto foi a campo nos dias 21 e 22 de setembro para ouvir 816 pessoas. A pesquisa foi registrada no dia 18 de setembro no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) com o número PE-06424/2016. O nível de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é estimada em 3,5 pontos percentuais.