Armando dispara contra o Pacto Pela Vida e Borges rebate

Senador culpou o governador Paulo Câmara (PSB) de não priorizar o Pacto Pela Vida e Borges culpou a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) pelo aumento dos índices

por Giselly Santos ter, 08/11/2016 - 10:36

O crescimento dos índices de violência em Pernambuco tem pautado discussões políticas. A mais recente delas foi entre o senador Armando Monteiro (PTB), que acusou o governo Paulo Câmara (PSB) de “descaso e a falta de priorização” com o Pacto Pela Vida, e o líder do governo na Assembleia Legislativa (Alepe) Waldemar Borges, que respondeu as acusações e interligou o aumento das estatísticas com “a grave crise econômica” que afetou a região. 

Sob a análise do petebista, o programa “sobrevive somente na propaganda do governo” e já demonstra “sinais de esgotamento”. "O Pacto pela Vida sobrevive somente na propaganda do governo. E a sensação de insegurança e medo dominam a população do Estado", sublinhou o petebista em discurso no plenário do Senado, nessa segunda-feira (7). “Na raiz dos problemas está a ausência de gestão e comprometimento do governo estadual com as metas do Programa e o acompanhamento dos indicadores de criminalidade”, enfatizou. 

“Em gestões passadas, o governador participava diretamente das reuniões sobre o Pacto pela Vida e impunha um sentido de urgência”, salientou Armando Monteiro, para quem “a sensação de insegurança e medo domina a população de Pernambuco”.

De acordo com o senador, até setembro deste ano já foram quase 3.200 mortes violentas, um crescimento de 12% em relação ao mesmo período de 2015. “A continuar esta tendência, fecharemos este ano com mais de 4.300 assassinatos. Podemos ultrapassar, ainda este ano, o número de mortes violentas do estado de São Paulo, que tem uma população quase cinco vezes maior do que Pernambuco”, declarou.

Rebatendo a postura do petebista, Borges afirmou que a gestão não lançou mão de justificativas e relativizações para tratar da segurança pública e lembrou que a crise alimentada, segundo ele, pelo governo Dilma agravou a situação. “Um governo que desconheceu a segurança como sendo um problema da nação, mas apenas dos estados brasileiros. Não há, hoje, uma política nacional tampouco recursos para apoiar as ações de segurança e combate aos crimes contra a vida”, ponderou o pessebista.

Apesar das defesas, Waldemar Borges também reconheceu que o Pacto Pela Vida precisa ser reestruturado. “Temos a clara ideia de que é preciso se reinventar. O crime se reinventa, e as nossas forças de segurança estão fazendo os ajustes necessários para reverter a situação, com muito trabalho e seriedade. Medidas estruturantes nas áreas operacional, de gestão de efetivo e investimentos já estão sendo implementadas”, frisou.

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