Petrobras: senadores denunciam venda criminosa de ativos

Os parlamentares estiveram, nesta terça (14), no Tribunal de Contas da União (TCU), para oficializar a “denúncia”

por Taciana Carvalho ter, 14/03/2017 - 19:15

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) declarou que foi ao Tribunal de Contas da União (TCU), nesta terça-feira (14), juntamente com Humberto Costa (PT) e Lindbergh Farias (PT) para denunciar as vendas de ativos pela Petrobras. Segundo Grazziotin, essas vendas são “uma privatização disfarçada da maior empresa brasileira”.

A senadora afirmou que “eles”, se referindo ao governo Temer, estão se aproveitando das dificuldades que passa a Petrobras para “entregar de mão beijada ao capital estrangeiro grande parte do nosso patrimônio”. 

A comunista ainda disse que esse era o absurdo da ilegalidade. “Todas as empresas foram criadas por lei. As ilegalidades, as pedaladas, estamos vendo agora e ainda vem o presidente dizendo que: ou continua a venda dos ativos fazendo terrorismo porque agora é o que está na moda ou terá que aumentar o preço da gasolina. Esse é um absurdo e a população, infelizmente, não está sabendo disso”.

O senador Lindbergh definiu como um “escândalo” o que está acontecendo. “Eles estão privatizando e não fazem leilão, não fazem licitação. Estão usando um decreto que não vale mais nada, que é um decreto para comprar da Petrobras. Depois de todos esses escândalos envolvendo a Petrobras, admitir um processo desse fere a impessoalidade. Você chama uma empresa e faz um acordo com exclusividade sem fazer licitação. Eu me lembro da época de Fernando Henrique Cardoso, que teve aquela privatização criminosa, agora, eles faziam um leilão, a gente protestava, nem isso estão fazendo”, contou. 

Segundo matéria da IstoÉ, publicada hoje, com informações do Estado de S.Paulo, o TCU poderá “obrigar” a Petrobras a recomeçar do zero projetos de venda de ativos para corrigir procedimentos considerados irregularidades. 

De acordo com a reportagem, a proposta deve ser apresentada em plenário pelo relator do processo que avalia os desinvestimentos da estatal, José Múcio Monteiro, em julgamento previsto para esta quarta-feira (15). 

 

 

 

 

 

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