Cuba oferece mil bolsas de estudo às Farc e à Colômbia
Iniciativa faz parte dos esforços para consolidar acordo de paz firmado no fim de 2016
O governo cubano ofereceu bolsas de estudo para cursos de medicina aos integrantes do ex-grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). De acordo com o comunicado, enviado pelo embaixador de Cuba em Bogotá, José Luis Ponce, a intenção é contribuir para o sucesso do acordo de paz, celebrado com o governo do país no fim de 2016. São mil bolsas de estudos, divididas em 100 anuais, mais a ajuda de custo para a formação, na própria ilha.
Na carta, o embaixador explica que a distribuição dos benefícios seguirá um único critério, sendo que 50% serão dados aos ex-combatentes, e os outros 50% serão destinados a cidadãos escolhidos pelo governo colombiano. "A embaixada da República de Cuba entregará ao governo da Colômbia e às Farc um documento com os detalhes do oferecimento, que está em processo de preparação pelas autoridades cubanas", disse o embaixador cubano.
Os conflitos na Colômbia duraram mais de meio século e provocaram a morte de mais de 200 mil colombianos, além da fuga de mais de 6 milhões de pessoas. As 7 mil pessoas que participaram da guerrilha estão sendo monitoradas pelas autoridades e a ONU, para que consigam se reintegrar à sociedade. As armas utilizadas pelos guerrilheiros serão entregues às autoridades e se transformarão em três monumentos: um ficará exposto em Nova York, outro em Cuba e o último na própria Colômbia.