“É muito ruim trabalhar com poucos recursos”, diz prefeito
Em entrevista concedida ao LeiaJá, o prefeito de São Joaquim do Monte, Joãozinho Tenório (PSDB), contou os problemas que o município está enfrentando
Os prefeitos pernambucanos têm enfatizado, com frequência, que a crise econômica afetou diretamente suas gestões. Desta vez, o prefeito de São Joaquim do Monte, Joãozinho Tenório (PSDB), em entrevista concedida ao LeiaJá, ressaltou que a situação do município - localizado no Agreste pernambucano - está muito difícil.
O prefeito contou que está “pensando seriamente” em demitir funcionários contratados, bem como diminuir alguns serviços mantendo os essenciais como nas áreas da saúde e da educação. “O PIB cresceu 3%, em 2013. Depois, 0,5%, e de lá para cá só negativo. Tivemos a maior crise da história do país, financeira e ética, então, é muito difícil a gente conseguir recursos para investimentos em um momento tão difícil”.
“Não podemos acabar, jamais, com os serviços essenciais, mas diminuir custos com combustíveis, novos contratos e despesas. Tudo isso tem que ser levado em consideração. Já reduzimos muito as nossas festas, por exemplo. Nós tínhamos um São João que eram dez dias de festas, agora fizemos em três. Tudo isso pelas condições financeiras. É muito ruim trabalhar com poucos recursos”, lamentou o tucano.
Ele disse que a cidade também sofre com a crise hídrica. “Esta seca que o sertanejo ainda é acostumado, mas nós que somos do Agreste, não. Não estamos tão acostumados e a minha região, na divisa de Camocim de São Félix, Bonito e Agrestina, que era privilegiada, vem sofrendo muito. Tem que se ter muito investimento para aquisição de água. Hoje, por exemplo, não pudemos nem contratar mais caminhão-pipa porque não temos onde pegar água. Então, é outro tema que nos preocupa muito”.
Para passar por todos os problemas, Joãozinho Tenório afirmou que os municípios devem se unir, independentemente do partido, porque os problemas são parecidos. Ainda pontuou que o governador Paulo Câmara sempre ajudou muito as cidades do interior. “O estado também passa por muitas dificuldades financeiras, não é um momento fácil, mas sempre que pôde o governador ajudou”, finalizou.