''Moro não é o xerife do Brasil'', dispara líder do MTST

''O Sérgio Moro age de uma maneira seletiva como se fosse um xerife. O Moro não é o xerife de Curitiba, muito menos o xerife do Brasil'', declarou Guilherme Boulos nesta segunda (8)

por Taciana Carvalho seg, 08/05/2017 - 19:22
Reprodução/Facebook/Guilherme Boulos Reprodução/Facebook/Guilherme Boulos

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, declarou, nesta segunda-feira (8), que o direito de promover manifestações é constitucional. A juíza Diele Denardin Zydek, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba chegou a estabelecer uma multa diária de até R$ 100 mil para quem descumprir a decisão. 

A declaração é uma repercussão após a liminar que proibiu acampamentos em Curitiba até a próxima quarta-feira (10), dia em que o ex-presidente Lula irá prestar um depoimento ao juiz Sérgio Moro.

Ele criticou o vídeo divulgado por Moro pedindo para que militantes não se desloquem até a cidade. “O juiz Sérgio Moro soltou um vídeo desestimulando as pessoas a se manifestarem na audiência com o ex-presidente Lula que vai ocorrer em Curitiba. Olha, o juiz Sérgio Moro há algum tempo já demonstrou que não tem isenção para julgar esse caso e age de uma maneira seletiva como se fosse um xerife. O Moro não é o xerife de Curitiba, muito menos o xerife do Brasil”, disparou. 

“Ninguém tem que ficar a mercê do Moro para definir se vai fazer manifestação ou não. Dreito de manifestação é constitucional e aqueles que quiserem se manifestar em Curitiba tem o direito de fazê-lo. Não é porque um juiz acha que deve ser isso ou aquilo que isso vai estar acima do direito da manifestação garantido na constituição. Por isso, seguramente vão ter manifestações em Curitiba na próxima quarta”, acrescentou Boulos. 

O coordenador dos movimentos sociais da Frente Brasil Popular, Raimundo Bonfim, afirmou que as mobilizações da quarta estão mantidas. “Várias caravanas já saíram dos seus locais. Não tem arrego apesar de tentativas de setores do judiciário de tentar nos desmobilizar, mas estamos tomando todas as providências. Está mantido o ato e vamos fazer uma festa bonita pela democracia. Vamos ocupar Curitiba”, ressaltou. 

O líder do MTST também comunicou hoje que, após reunião com as centrais sindicais, ficou decidido que no próximo dia 24 haverá uma “grande mobilização” nacional em Brasília. “Em conjunto com as Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular milhares de pessoas de todo o país ocuparão Brasília contra Temer e suas reformas. Na greve geral nós paramos o Brasil. Agora é a vez de parar Brasília e barrar as reformas Trabalhistas e da Previdência! Todos juntos, no 24 de maio, ocupando a capital federal”, pediu. 

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