Abraji emite nota sobre o caso Reinaldo Azevedo
Entidade se diz preocupada com violação de direitos constitucionais sobre exercício da profissão de jornalista
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) se posicionou hoje (24) sobre o vazamento da conversa entre o jornalista Reinaldo Azevedo e a irmã de Aécio Neves. De acordo com a entidade, a Procuradoria Geral da República (PGR) violou o sigilo de fonte, garantido constitucionalmente. Em nota oficial a Abraji ressaltou que a divulgação se deu em um momento em que o jornalista publica críticas ao trabalho do órgão, o que sugere uma retaliação.
Outro argumento utilizado foi o de que, na reportagem veiculada pelo BuzzFeed News, a Polícia Federal não encontrou nenhum indício de crime, portanto, caberia a PGR cuidar da destruição do material, já que ele não serve como evidência. “A Abraji considera que a apuração de um crime não pode servir de pretexto para a violação da lei, nem para o atropelo de direitos fundamentais como a proteção ao sigilo da fonte, garantido pela Constituição Federal”, afirmou a organização.
Todos os acontecimentos se dão em meio aos pedidos de demissão de Reinaldo Azevedo da Rádio Jovem Pan e da revista Veja. Profissionais da própria Jovem Pan, da Rádio CBN, Record, DCM e outros veículos de comunicação se solidarizaram com a situação do jornalista, enfatizando que o caso abre um precedente perigoso para o exercício da profissão.