Elias Gomes critica PSDB: “força secundária”

O vice-presidente da legenda também criticou postura do ministro das Cidades Bruno Araújo (PSDB)

por Taciana Carvalho sex, 01/09/2017 - 18:07
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O vice-presidente estadual do PSDB e ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, fez diversas críticas ao próprio partido e também ao ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB). Elias falou que há uma “divergência interna e clara” dentro da legenda. Ele também comentou o motivo por não ter assumido a presidência estadual da sigla. 

“Nós poderíamos ter assumido a presidência estadual, mas atendendo a um pedido do ministro Bruno Araújo, dividimos o mandato com Antônio Moraes, que é deputado estadual. Posteriormente, quando estava em curso as eleições municipais, me foi feita a proposta que deixasse Antônio cumprir o seu mandato e o mandato seguinte, que começaria em junho deste ano até junho de 2019, seria exercido por mim. Infelizmente, houve um descumprimento da palavra. Eu busco compreender porque esta atitude por parte do companheiro Bruno. Eu não entendo”, contou.

O tucano não poupou o ministro. “A minha leitura final e última é que o PSDB de Bruno não é o meu PSDB. O PSDB de Bruno é o PSDB do governo Temer, enquanto eu sou o PSDB que me coloco, como a sociedade brasileira, questionando a legitimidade deste governo, questionando o aspecto ético que tem sido atropelado”, alfinetou. 

Ele disse que há “uma maioria silenciosa” que não apoia a presença do partido no governo Temer. “Por mim, seriam entregues esse cargos como Betinho [deputado federal e filho do ex-prefeito] entregou e veio para a oposição. Essa é uma posição que nós defendemos”. 

Ainda falou que o PSDB se tornou um partido cartorial, de cúpula, e que se afastou do ideário do partido de “transformador” para ter uma “força secundária” e de apoio ao que foi rejeitado no passado. “Uma contradição política”, enfatizou. Defendeu também que a sigla tenha candidato a governador de Pernambuco na próxima eleição e uma luta para “refundar o verdadeiro PSDB” e os seus princípios. 

Elias ressaltou que foi contra o impeachment de Dilma Rousseff. “Particularmente porque achava que não ia resolver. Eu escrevia, eu tenho artigos que diz que é trocar seis por meia dúzia. Se a gente tira Dilma e o PT, que fizeram absurdo no campo ético neste país, pelo PMDB de Temer, de Jucá e de gente que está no mesmo caldeirão da política, na verdade é uma mudança do faz de conta”. 

 

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