Dilma: 'Preferia Alckmin ao Doria ou Bolsonaro'

Preferência da ex-presidente diz respeito a quem o PT deve enfrentar em 2018 na disputa pela Presidência da República. Segundo Dilma, candidaturas de Bolsonaro e Doria são "inconsistentes"

por Giselly Santos sab, 02/09/2017 - 12:46
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo A ex-presidente também garantiu que da política ela não sai Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

Ao analisar o cenário eleitoral que vem se construindo para a disputa pela Presidência da República em 2018, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou que preferia ver o PT enfrentar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), do que o prefeito da capital paulista, João Doria (PSDB), ou o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, neste sábado (2), Dilma disse que Bolsonaro é um político de "extrema-direita" e Doria "não tem nenhum compromisso com o país". 

"Eu preferia o Alckmin ao Doria e ao Bolsonaro. Acho que o país preferia um candidato do perfil de Alckmin", responde ao ser indagada sobre quem o PT deve enfrentar na disputa. "[Alckmin] ao Bolsonaro, não tenho dúvida. Em relação ao Doria, que as pessoas façam seu raciocínio e pensem bem. Não vejo consistência na candidatura dele. O Alckmin, de uma forma ou outra, é PSDB. Acho que eles ainda têm um pequeno compromisso com o país", observou, acrescentado. 

Quanto aos planos do PT para o pleito, a ex-presidente ponderou que podem ser interferidos pela "peça do golpe" que, segundo ela, não é apenas de um ato. "O primeiro foi o impeachment, para me afastar da Presidência e evitar que as investigações chegassem até eles. O segundo ato é afastar o ex-presidente Lula, mas outro dia ele falou claramente: 'participarei da eleição preso ou solto, condenado ou absolvido, vivo ou morto'. Ele participará da eleição", disse Dilma.

Segundo ela, algumas possibilidades estãos endo colocadas na mesa, mas ainda não discutem um "plano B". "Isso ainda não foi discutido. Do nosso ponto de vista essa discussão é um absurdo. Por que nós iríamos nos antecipar? Não somos nós os algozes da democracia", salientou.  

Já se participaria do pleito em 2018, como candidata a senadora como é cogitado nos bastidores, Dilma Rousseff afirmou que "precisa ver como as coisas ficam". "Da política, eu não saio", cravou. 

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