Em debate pela Chesf, ministro é chamado de 'traidor'
Fernando Filho (PSB) vem sendo duramente criticado por sindicatos do setor energético após anunciar a privatização da Eletrobras
Depois de anunciar a privatização da Eletrobras, e consequentemente da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB), vem sendo duramente criticado por sindicatos do setor energético e políticos, até mesmo de partidos aliados.
Nesta segunda-feira (4), durante uma audiência pública que acontece na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), funcionários da Chesf puxaram um coro e classificaram o pessebista como "traidor".
A manifestação aconteceu na explanação técnica do engenheiro da Chesf, João Paulo. Ele questionou a ausência do ministro para responder ao questionamento sobre "o que o governo tem a falar para os que compõem" a empresa. Segundo João, é preciso que "se desfaça a caixa preta do governo" diante da proposta de venda da Chesf.
"A Chesf não é apenas operadora de Usinas. Há uma ligação impossível de ser desfeita entre a Chesf e o Rio São Francisco. Além dos compromissos sociais com a população. O governo privatizar é algo que exige mais do que tecnocracia, exige sentimento", observou.
Entre um discurso e outro, os que participam da audiência também entoam gritos defendendo que a empresa estatal "é do Nordeste".
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