Senador comenta caso de ator “discriminado” por ser hétero

“Daqui a pouco nós vamos ter que fingir que somos homossexuais para arrumar emprego”, declarou Magno Malta (PR)

por Taciana Carvalho sex, 20/10/2017 - 19:01
Waldemir Barreto/Agência Senado/Fotos Públicas Waldemir Barreto/Agência Senado/Fotos Públicas

Ao comentar uma declaração do ator Ricardo Machi, que desabafou afirmando que já foi discriminado por ser heterossexual, o senador Magno Malta (PR) falou que daqui a pouco as pessoas vão dizer que sentem vergonha de serem heterossexuais. 

“Então, daqui a pouco nós vamos ter vergonha de dizer que somos hétero? Daqui a pouco nós vamos ter que fingir que somos homossexuais para arrumar um emprego? Daqui a pouco uma filha da gente tem que fingir que é lésbica para arrumar emprego? Então, você que gosta de artes cênicas, que sonha um dia em fazer artes cênicas tem que fingir ser homossexual para arrumar emprego?”, questionou.

Magno Malta, expandindo o assunto, criticou a atriz Fernanda Montenegro, após ela se posicionar sobre o que seria arte depois da exposição que aconteceu no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), onde um homem nu interagia com uma criança. Montenegro afirmou que “tudo é cultura”.

Malta também alfinetou Caetano Veloso. “A bíblia diz que a boca fala sobre o que o coração está cheio. Ele [Caetano] está verbalizando o que está dentro dele. Ele quer mais. Ele quer abrir tudo...A senhora Fernanda Montenegro, quase 100 anos de idade, porque a senhora não se deita nua rua e chama os meninos para bulinar a senhora? Seria uma obra de arte”, ironizou.

O parlamentar voltou a pedir respeito às crianças. “Criança nasceu para ser amada e não abusada e violentada. E agora estamos com esse ataque, um ataque vil daqueles que acham que tem autoridade, que acham que o que eles fazem viraliza, o povo chamada de classe artística do Brasil (...). Não, ninguém está querendo calar a arte. Arte é arte, continue fazendo arte. A gente não quer artimanha com criança. Uma coisa é arte, outra coisa é botar criança para tocar um homem nu. Se aquilo fosse feito em uma sala fechada, tinha quer ser preso em flagrante porque era pedofilia, mas foi em um museu, aí é arte”.

“Ninguém precisa ser doutor em psicologia para saber que isso cria um malefício e uma lesão psicológica moral para a eternidade. Que venha a Globo, o Caetano Veloso, que venha o Santander, a Fernanda Montenegro, eu não sou ninguém, eu sou filho de dona Dadá, e não afrouxo”, ressaltou.

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