Exposição de alunos em escola aborda suicídio e aborto

A mostra desenvolvida por alunos contém "instrumentos" para aborto, uma boneca enforcada com uma corda e bíblia rasgada

por Taciana Carvalho qua, 01/11/2017 - 15:53
Reprodução/Facebook Reprodução/Facebook

Uma exposição realizada no Colégio Estadual Dom Geraldo Fernandes, em Cambé, no norte do Paraná, está sendo investigado pela Polícia Civil por ter abordado temas como aborto, religião e suicídio. A situação indignou o pai de um aluno que procurou as autoridades competentes. A exposição traz mostras de supostos “instrumentos possíveis” para a prática de um aborto, uma boneca enforcada com uma corda e até uma bíblia sagrada rasgada e queimada. 

Em um vídeo publicado na página do Facebook do deputado federal Marco Feliciano (PSC) aparece uma parte da apresentação, que foi aberta para que toda a comunidade pudesse conferir os trabalhos desenvolvidos pelos estudantes. Feliciano declarou que os últimos acontecimentos revelam a necessidade de lançar um movimento “Escola Com Vergonha na Cara”. 

“Os últimos acontecimentos noz faz crer que só Jesus na causa. São tantas ocorrências envolvendo educadores, que só confirmam a extrema necessidade de mantermos e até aprimorarmos o Escola sem Partido. Pelo ritmo do confronto que pudemos observar por parte de alguns professores, qualquer dia não restará outra opção a não ser lançar também um movimento Escola Com Vergonha na Cara”, criticou. 

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Ele condenou a exposição e afirmou que vai buscar as posições necessárias. “Induzimento ao suicídio com a cena mórbida de uma boneca enforcada com uma corda e o mais sórdido é uma bíblia sagrada rasgada e queimada com recortes de notícias supostamente envolvendo religiosos o que, a partir de funcionários pagos pelo estado em espaço público, agrava a circunstância, pois denota um caráter oficial como se o Estado estivesse patrocinando tudo aquilo. Eu espero uma apuração rigorosa por parte das autoridades daquele estado”, pediu. 

O parlamentar condenou o que chamou “pseudo-professores”. “Vou solicitar resultados dessas investigações e quero mandar um recado para todos esses pseudo-professores e educadores: deixem as nossas crianças em paz. A nossa família merece respeito”. 

 

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