Maia: Alckmin já não foi presidente por sabotagem do PSDB
O argumento foi exposto pelo presidente da Câmara dos Deputados, nesta quarta, ao comentar a afirmação de Fernando Henrique Cardoso sobre a possibilidade de Geraldo Alckmin não aglutinar forças para concorrer ao Planalto
O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comentou, nesta quarta-feira (3), a afirmação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de que o PSDB estaria aberto ao diálogo com outros partidos caso o governador de São Paulo e presidente nacional da sigla, Geraldo Alckmin, não conseguisse aglutinar as forças necessárias para emplacar a candidatura para as eleições presidenciais em outubro.
Maia garantiu que o DEM tem diálogo aberto com o PSDB, mas pontuou que Alckmin já poderia ter sido eleito para comandar o país caso não tivesse sido “sabotado” por membros da própria legenda. “Geraldo Alckmin é um grande nome, já nos representou em 2006, quase vencemos as eleições. Se alguns não tivessem, no próprio PSDB, boicotado a candidatura dele, talvez fosse presidente da República naquela época”, disparou.
Na análise de Maia, os argumentos de Fernando Henrique são inteligentes e estratégicos. “Ele é um dos homens mais inteligentes do Brasil, da mesma forma que ele diz que pode apoiar os outros ele chama para o debate com ele. Está certo, ele entende que quem não aglutinar forças não tem chances de vitória. Da mesma forma que o PSDB quer apoio, ele pode dizer que também aceita apoiar os outros partidos, esse é o caminho correto para a democracia”, salientou.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, nessa terça (3), FHC disse que Alckmin, que é pré-candidato à Presidência pelo PSDB, ainda precisa provar ser capaz de aglutinar o centro do espectro político. "Se houver alguém com mais capacidade de juntar, que prove essa capacidade e que tenha princípios próximos aos nossos, temos que apoiar essa pessoa", chegou a pontuar o ex-presidente.
Durante a conversa com jornalistas ao passar pelo Recife, Maia não descartou se animar para ser o tal nome, mas ao tratar diretamente do pleito, ele disse que não é o momento para discutir eleições.