Edilson critica ação da PM no clássico:Não houve prudência

O parlamentar afirmou que vai cobrar uma investigação rigorosa sobre a responsabilidade dos fatos. Confusão deixou dezenas de feridos na Ilha do Retiro

por Giselly Santos qui, 08/03/2018 - 11:31
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Para Edilson as cenas são 'chocantes' Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) criticou, nesta quinta-feira (8), a atuação da Polícia Militar (PM) durante a confusão generalizada que deixou dezenas de feridos no clássico entre Santa Cruz e Sport, dessa quarta (7), na Ilha do Retiro, no Recife. O parlamentar disse que “não houve prudência” dos agentes e afirmou que vai cobrar uma investigação rigorosa sobre a responsabilidade dos fatos.

“Apenas por sorte não tivemos uma tragédia maior no clássico entre Santa e Sport. As cenas são chocantes. Tudo indica que a PM errou ao adentrar em meio a torcida do Santa para caçar um sinalizador, no alto da arquibancada. Óbvio que a força da gravidade iria desabar aquela coluna humana para baixo. Não houve prudência. Um sinalizador pode sim ferir alguém, mas uma ação desastrada da PM pode ferir dezenas, como de fato aconteceu”, salientou o deputado.

Para Edilson, “o problema não acaba aí”. “Isso tudo aconteceu entre o primeiro e o segundo tempo. Enquanto dezenas de pessoas estavam sendo atendidas, desesperadas, fraturadas, sangrando, o juiz apitou para reiniciar o jogo! É inacreditável. Onde estamos?”, questionou em publicação no Facebook. 

O deputado, que é presidente da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular, ponderou ainda a necessidade para que seja realizada uma “investigação e apuração rigorosa de todas as responsabilidades. Da PM, dos clubes, das empresas que transmitem via TV”. “Não podemos aceitar isto como normal”, bradou o parlamentar.

No final do primeiro tempo do clássico entre Sport e Santa Cruz, na noite desta quarta-feira, uma confusão deixou dezenas de machucados na torcida coral. De acordo com o tenente coronel Cezar Moraes, comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Pernambuco, o tumulto começou após a tentativa de apreensão de um torcedor que portava um sinalizador. 

Na ação policial entre os tricolores; houve uma queda generalizada, em que torcedores caíram uns sobre os outros. Foram, em média, 60 feridos.

COMENTÁRIOS dos leitores