No Recife, Marina diz que o aborto prejudica as mulheres

"Eu acho que as que fazem se sentem altamente prejudicadas, muitas vezes, por conta do risco para sua saúde e das suas emoções", disse

por Taciana Carvalho qui, 14/06/2018 - 19:54

A pré-candidata a presidente do Brasil Marina Silva (Rede) desembarcou no Recife nesta semana para cumprir uma ampla agenda. Nesta quinta-feira (14), durante coletiva de imprensa, a presidenciável falou sobre um tema polemico: o aborto. A ex-ministra garantiu que, em uma eventual vitória na eleição, convocará um plebiscito para tratar sobre o assunto.

"Eu vou repetir o que eu defendo desde 2010 que é muito coerente com o que aconteceu com a maioria dos países do mundo, inclusive os Estados Unidos. Desde 2010 eu defendo para temas que são polêmicos e que a sociedade precisa debater e que tem debater", declarou em referência ao plebiscito.

Marina, no entanto, disse acreditar que ninguém defende que o aborto é uma forma contraceptiva. "Toda mulher que faz um aborto não faz porque deseja. Eu acho que as que fazem se sentem altamente prejudicadas muitas vezes por conta do risco para sua saúde e das suas emoções".

"Então, não queremos que ninguém tenha uma gravidez indesejada. A forma de evitar isso, existem muitas propostas e é no debate aberto, transparente e respeitoso é que a gente vai chegar em uma conclusão", ressaltou.

A pré-candidata ainda falou que um dos problemas é que, ao invés de debater, rotulam. "Quem é a favor já é rotulado de uma coisa. Quem é contra é rotulado de ser conservador e de ser fundamentalista. Numa democracia as pessoas têm o direito de ter o seu ponto de vista, eu defendo que se dava um plebiscito. Nos EUA é assim que acontece e no Brasil é se fazer um debate sério se discutindo com as pessoas", reiterou.

Marina finalizou frisando que é melhor 200 milhões de brasileiros tratar de temas complexos que envolve saúde pública, filosofia, religião e uma série de implicações do que um congresso com 513 deputados.

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