As crises de corrupção e representatividade que agitam o Congresso nacional nos últimos anos geram um sentimento de que as candidaturas tradicionais já não representam mais a população. De acordo com o Instituto Locomotiva, 7 em cada 10 brasileiros acreditam que, como cidadãos, deveriam participar das decisões públicas. Em meio a isto, surgem grupos que lançam diferentes modelos de ampliação da participação popular dentro das campanhas e mandatos políticos. Assim nasce a idéia do mandato coletivo. A idéia do projeto consiste em lançar um nome oficial para concorrer, porém o mandato será exercido por um grupo. Os defensores do modelo acreditam que a idéia ampliará o diálogo com a população. 

 A primeira experiência do projeto no Brasil aconteceu na eleição municipal mais recente, em 2016. O advogado João Yuji teve seu nome inscrito como candidato na Justiça Eleitoral, mas ele representava um grupo de cinco pessoas, em Alto Paraíso de Goiás. Eleito, cumpre mandato com os demais integrantes. O exemplo tende a ser repetido em todo o país, inclusive no Ceará, onde Ítalo Alves (PPS- Acredito), pretende lançar o “Gabinetão do Povo.” 

 A idéia consiste em descentralizar a figura do deputado nas figuras de sete co-deputados e uma equipe técnica. Estas pessoas serão responsáveis por pautas prioritárias do mandato, como segurança pública, educação básica, entre outras.

 * Da assessoria de imprensa